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Universitários da Grande SP desenvolvem biplano para a Competição SAE BRASIL AeroDesign

Colocar em prática as teorias aprendidas em sala de aula é o objetivo de 7 equipes da Grande São Paulo. Os aviões projetados e desenvolvidos por eles irão participar da 21ª Competição SAE Brasil AeroDesign, de 24 a 27 de outubro, no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos, SP.

As 7 equipes da Grande São Paulo integram as 95 equipes inscritas nesta edição, sendo 93 brasileiras e duas estrangeiras. No total, mais de 1,3 mil participantes – entre estudantes, professores orientadores e pilotos – representarão 71 instituições de ensino superior do Brasil (16 Estados e Distrito Federal) e do Exterior (México e Venezuela).

ABC – A equipe Tucano Asterix, do Instituto Mauá de Tecnologia, estreia na competição deste ano. “Esta será a nossa primeira competição, e encaramos a participação como um grande desafio, buscando aprender o máximo com muita dedicação”, destaca a capitã da equipe, Carolina Freitas. Com 70% da aeronave pronta, a equipe já realizou alguns testes e está em processo de aprimoramento das técnicas de construção. Segundo a capitã, o diferencial da Asterix é ter feito um projeto simples, bem construído e bem projetado.


São Paulo
– A equipe Keep Flying, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e que competirá na categoria Classe Regular, tem a missão de conseguir classificação para representar o Brasil na SAE AeroDesign East. “Em 2019, trabalhamos para projetar uma aeronave competitiva capaz de atingir alta pontuação de voo, além de elaborar relatórios técnicos com qualidade para nos classificarmos entre as três melhores equipes de projeto. Com isso esperamos nos classificar entre os dois primeiros lugares da competição e voltar a representar o Brasil na competição SAE AeroDesign East”, revela o capitão Renan Soares. A equipe Keep Flying aposta em uma aeronave biplana com grande área alar e asas de geometria contínua. “A aeronave possui dispositivos para redução de arrasto que permitiram atingir maior eficiência aerodinâmica”, destaca.

A Grande São Paulo ainda conta com a equipe FEI Micro, do Centro Universitário FEI; Keep Flying Jr, da Escola Politécnica da USP; Harpia Aerodesign UFABC, da Universidade Federal do ABC; FEI Regular, do Centro Universitário FEI; e MackFly, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Ao todo se inscreveram para a competição 27 equipes de São Paulo, 18 de Minas Gerais, 9 de Rio Grande do Sul, 8 do Paraná, e 5 de Santa Catarina. Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, e Espírito Santo contam com 3 equipes cada. Bahia, Maranhão, Piauí, Pernambuco e Mato Grosso têm 2 equipes cada. Amazonas e Ceará levam uma equipe cada. Do exterior, uma equipe é da Venezuela e uma do México.

Aeronaves –   Com mudanças no Regulamento da Competição, as 95 equipes enfrentarão novos desafios, conforme as categorias Micro, Regular e Advanced.

Na Classe Micro concorrem 25 equipes. Nesta categoria, as aeronaves poderão transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões – exceto chumbo. Para 2019, as equipes têm o desafio de executar duas missões distintas: missão LAPES (Low-Altitude Parachute-Extraction System), em que as equipes deverão lançar a carga durante os voos com o uso de paraquedas para aumentar a pontuação da equipe, e/ou missão baixa densidade, em que a aeronave deverá transportar uma única carga paga na forma de um paralelepípedo com proporções fixas, tentando maximizar o peso máximo e o espaço.  Nesta categoria não há restrição de geometria ou número de motores – todos elétricos –, porém as equipes deverão ser capazes de desmontar o avião depois dos voos e transportar a aeronave desmontada em caixa de volume de 0,030 m³.

Na Classe Regular, que tem 60 equipes inscritas, os aviões deverão ter dimensões compatíveis com as restrições de tamanho, onde a soma da envergadura (comprimento da maior asa) e comprimento da aeronave (da ponta do motor até o final da aeronave) deve ser no máximo 3,70 metros. A categoria segue restrita a avião monomotor. As aeronaves poderão transportar como carga útil, materiais de qualquer tipo e dimensões, exceto chumbo.

Na Classe Advanced, com 10 equipes, os aviões seguem com o desafio de avançar na eletrônica embarcada. Além do tempo de voo, os sistemas a bordo deverão computar informações de voo e eficiência aerodinâmica. Além disso, o sistema embarcado deve detectar e fotografar alvos posicionados em solo e transmiti-los ao vivo via sistema para uma estação no solo. Permanece opcional a escolha do tipo de propulsão (combustão ou elétrica). A única restrição relativa à motorização é a tração estática máxima (a potência entregue pelos motores segundos antes do início da corrida de decolagem é restrita). A exemplo da Classe Regular, as aeronaves poderão transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões, exceto chumbo.

 

Provas – As avaliações são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme regulamento. Na Competição de Projeto, as equipes realizam apresentações orais dos projetos para a Comissão Técnica da Competição, formada por engenheiros da indústria aeronáutica. Na Competição de Voo, os aviões passam por baterias de voos e devem ser capazes de decolar e transportar cargas sempre crescentes, até as condições limite do projeto. Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma da Advanced e uma da Classe Micro, que obtiverem as melhores pontuações, ganharão o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2020, nos EUA, onde equipes brasileiras já acumulam histórico expressivo de participações: oito primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Advanced e um na Classe Micro. A SAE Aerodesign East Competition é realizada pela SAE International, da qual a SAE BRASIL é afiliada.

Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é programa de fins educacionais que tem como objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação de Engenharia, Física e Tecnologia relacionada à mobilidade. A Competição é realizada anualmente desde 1999.

“Nas competições promovidas pela SAE BRASIL os jovens descobrem como trabalhar em equipe e, dentro das regras do jogo, qualificação que o mercado exigirá mais tarde como profissionais”, analisa Mauro Correia, presidente da SAE BRASIL.

Reconhecida pelo Ministério da Educação, a competição é patrocinada pelas empresas: Airbus, Embraer, GE, Liebherr Aerospace, Parker Hannifin, Rolls-Royce e United Technologies. Também conta com o apoio das instituições: ADC Embraer, APVE, DCTA, ITA, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Prefeitura de São José dos Campos e São José dos Campos Convention & Visitors Bureau. Mantém parcerias com:  Emercor Pronto Vida, Hotel Nacional Inn, Novotel e Portal de Engenharia Aeronáutica.

 

21ª Competição SAE BRASIL AeroDesign

Dia 24 – das 8h30 às 17h – solenidade de abertura, showroom dos projetos e apresentações orais das equipes no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – Prédio de Eletrônica e Computação.

Dias 25, 26 e 27 – das 7h30 às 18h – Competição de voo no Aeroporto do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) – aberta ao público. Entrada pela avenida Faria Lima, ao lado do MAB, em São José dos Campos/ SP.

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Eventos, Notícias

Tags: Competição, SAE, SAE Aerodesign