A FAA, o órgão responsável por regular a aviação nos EUA, lançou algumas recomendações para a Boeing conseguir atingir o objetivo de certificar uma asa dobrável em uma aeronave comercial.
Isso porque o novo 777X tem as pontas das asas dobráveis, se tornando uma das poucas aeronaves que recorre à esse recurso para diminuir o tamanho da sua ala e conseguir se encaixar em uma categoria menor.
As principais recomendações da FAA são para garantir a segurança da operação durante o voo, isso porque o efeito das pontas dobradas durante o voo pode danificar seriamente a asa. A FAA também está se preocupando quanto aos avisos luminosos e sonoros sobre essa função, para identificar se está ativada ou não, isso independe de controles automáticos da aeronave, e foca em avisar os pilotos sobre a situação do sistema.
A FAA recomendou também a Boeing revisar o sistema de acionamento e trava da ponta da asa na posição. Em outras aeronaves acidentes fatais já foram registrados por uma falha na trava, que permitia a ponta voltar até a posição “recolhida”, ou ficar variando durante o voo, quebrando em seguida pela força de impacto com a asa. O sistema de trava tem que ser firme o suficiente para evitar uma possível quebra, mesmo com a força de sustentação aplicada.
Novamente falando sobre os avisos, a FAA pediu para a Boeing inserir uma aviso (EICAS) sobre a situação do sistema na tela central, localizada entre os dois pilotos, esse aviso deve ser mostrado principalmente durante o taxiamento, antes da decolagem ou logo após o pouso.
Destacamos a falta de uma luz de aviso, no overhead ou ao lado do MCP, para sinalizar melhor a situação do sistema. Exemplo: Uma luz verde indica que o sistema está ativado, com as pontas dobradas, e a luz apagada indica que o sistema está desativado, quando o avião tocar em solo acende uma luz vermelha, até os pilotos ativarem o sistema.
O controle de retração ou expansão da asa sugerido é feito por um sistema baseado em chave, ao invés de botão, para dar maior “tato” ao piloto.
A Boeing acrescentou dois novos “botões” referentes ao sistema de asa dobrável do 777X, que permitem o piloto usar toda a asa nas fases de taxiamento, decolagem, voo e pouso, quando em solo o botão é acionado pelo piloto para ligar o sistema responsável por “dobrar as pontas”, e permite encaixar a aeronave em um gate feito para asas com até 65 metros, sendo que o 777X tem quase 72 metros de asa.
Além da estrutura e avisos no cockpit, a FAA não precisou lançar muitas recomendações, visto que as pontas não carregam combustível, e os ailerons ficam na própria asa fixa.
Esse aviso foi lançado logo após a Boeing apresentar o cockpit do 777X (foto acima), juntamente com as modificações. Além das novas telas, o 777X também sofrerá algumas alterações em relação à geração atual, principalmente nos botões do overhead.
Todo o mecanismo da ponta da asa precisa ser capaz de suportar rajadas em terra de 65 kt em qualquer direção, enquanto a aeronave deve, naturalmente, poder permanecer sob controle, com manuseio aceitável, à medida que as pontas são dobradas durante o taxiamento, após o pouso com vento cruzado.
Além disso a Boeing precisará limitar o ângulo de movimento quando a ponta da asa dobra. A estrutura de dobradiça também precisa suportar cargas paralelas à linha de fixação.
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