Perto do final de semana a Força Aérea Brasileira (FAB) fez duas reuniões com as fabricantes Saab, Boeing e Embraer para esclarecer melhor o futuro dos projetos de defesa da Embraer, caso a fabricante americana compre parte da empresa.
A primeira reunião foi realizada na quinta-feira (11/01) com representantes da Saab, a pauta da FAB foi sobre a compra de parte da Embraer pela Boeing. De acordo com uma publicação da Revista Época, a informação vazada sobre a Saab é sobre a indignação da empresa sobre as negociações da Boeing com a Embraer, isso porque a fabricante brasileira está dentro do projeto do Gripen NG, com transferência tecnológica para o Brasil. Com a compra de parte da Embraer pela Boeing, essa transferência poderia acabar na mão dos americanos.
A Saab também está preocupada com o futuro do programa Gripen NG, visto que a Boeing poderia não ter interesse em prosseguir com a linha de montagem da aeronave no Brasil.
Já a outra reunião foi realizada no final da última sexta-feira (12/01) também em Brasília, entre representantes da Boeing e FAB, além do Ministro da Defesa Raul Jungmann.
A diretoria da Boeing compareceu em peso nessa reunião no gabinete do ministro Raul Jungmann. O Chief Financial Officer (CFO) da Boeing, Greg Sullivan; O Vice-Presidente de cooperação estratégica da Boeing, Ray Conner; O Vice- Presidente de desempenho empresarial e estratégico, Travis Sullivan; E até mesmo o Presidente da Boeing para a América Latina, Donna Hrinak, estavam entre os presentes.
Ministro @Raul_Jungmann e comandante da @portalfab recebem neste momento a presidente da Boeing América Latina,
Donna Hrinak, e representantes da empresa. pic.twitter.com/BuLGksx23q— Ministério da Defesa (@DefesaGovBr) 12 de janeiro de 2018
A FAB também estava presente nessa reunião com uma grande representação estratégica.
O ministro afirmou depois da reunião que mantém uma boa perspectiva sobre uma possível colaboração da Boeing com a Embraer no setor militar, mas que o controle acionário da companhia não pode ser drasticamente modificado. Do mesmo modo os produtos militares da Embraer não serão autorizados a se tornar “produtos Boeing”.
.@Raul_Jungmann se posicionou favorável a uma parceria entre #Boeing e #Embraer, mas defende que a manutenção do controle acionário da empresa brasileira é uma questão de soberania nacional, e não será transferida, nem irá à mesa de negociação entre as empresas.
— Ministério da Defesa (@DefesaGovBr) 12 de janeiro de 2018
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