A Trans States Airlines, havia anunciado no mês passado que estaria fechando no final do ano devido à consolidação e à escassez de pilotos, disse a seus funcionários que fechará seus negócios nove meses antes, em 1º de abril. Essa pode ser a primeira companhia aérea americana a ser vítima do coronavírus, que está afetando bastante o setor.

“É difícil articular ou mesmo compreender a velocidade com que o coronavírus mudou nossa indústria e nosso mundo”, escreve o presidente da Trans States Holdings, Rick Leach, em um memorando para os funcionários em 17 de março. “Recebemos notícias ontem à noite de que os cortes imediatos em nossa programação são muito mais profundos do que temíamos”.

“Sabíamos que a redução do ritmo seria acelerada, mas estávamos confiantes de que poderíamos continuar voando através da United por alguns meses. No entanto, agora, menos de um mês após o anúncio original, agora temos menos de duas semanas de voo restantes. Dificilmente parece possível”, acrescenta.

A Trans States não respondeu aos pedidos de comentários sobre o memorando interno.

No final de fevereiro, a Trans States Airlines, que opera 46 aviões Embraer ERJ-145 para a United Airlines de Denver, Chicago e St. Louis, disse que encerraria as operações no final de 2020. A companhia atende 80 cidades da América do Norte, com 240 voos por dia.

O memorando da Trans States para os funcionários em fevereiro disse que a United expressou o desejo de “simplificar o programa Embraer 145”. Além disso, a empresa citou uma escassez de pilotos como outro motivo para interromper as operações.

Na segunda-feira, o grupo de companhias aéreas Airlines for America (A4A) pediu ao governo US$ 58 bilhões em ajuda para ajudar as companhias aéreas a lidar com a crise de coronavírus que levou a quedas acentuadas na demanda e subsequentes cortes no serviço. Todas as principais companhias aéreas dos EUA, incluindo a United, disseram na semana passada que esperam uma receita significativamente menor para o resto do ano.