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Fim de uma era: Corsair se despede de seu último Boeing 747

A companhia aérea francesa Corsair está aposentando seu último Boeing 747 nesta segunda-feira (15/06), movendo a aeronave de matrícula F-GTUI para um cemitério de aeronaves no Reino Unido para desmontagem.

A partida do último voo marca o fim de quase 30 anos de história do 747 para a companhia aérea francesa, que operou todas as variantes da linha 747.

O Boeing 747 de matrícula F-GTUI pousou às 14h00 em Kemble(GBA), encerrando assim a história da aeronave na aviação comercial.

Inicialmente essa aeronave deveria se aposentar em 2021, mas a crise do COVID-19 trouxe incertezas no setor de aviação e fez com que muitas empresas tivessem de cortar aeronaves grandes, como o 747.

A partir de agora as atenções da Corsair estão voltadas para o A330neo, uma aeronave mais nova e consequentemente mais econômica. A companhia deve retomar as operações no dia 21 de junho, Guadalupe, Martinica e Reúnion, sem esses aviões.

A Corsair opera o Boeing 747 desde 1992, quando o primeiro chegou. Era um 747-100, alugado pela Air France, que permaneceu na Corsair por apenas um mês antes de ser devolvido à frota da empresa de bandeira. Ao longo dos anos, mais 21 Boeing 747 chegaram à Corsair, abrangendo toda a gama, além do 747-8.

A companhia aérea operava cinco 747-100, cinco 747-200, seis 747-300 e cinco 747-400. Tinha até uma das raras aeronaves 747SP, a F-GTOM, que anteriormente operava para a South African Airways e a Royal Air Maroc.

O F-GTUI, este último 747, entrou em serviço na United Airlines nos EUA em 1992. Chegou à França em 2005 e trabalha para a Corsair desde então. Juntamente com o F-HSUN e o F-HSEA, foi um dos três últimos 747s a operar para a companhia aérea.

A companhia aérea diz que os três últimos 747 operaram mais de 13000 voos, levando os céus para mais de 100 mil horas de voo. Mais de sete milhões de passageiros embarcaram na aeronave e viajaram mais de 80 milhões de quilômetros (50 milhões de milhas). É o suficiente para ir até a lua e voltar 200 vezes, ou para dar volta o mundo mais de 2.000 vezes.

A despedida emocionante de uma aeronave que fez a empresa chegar a novos ares, e que marcou muitos viajantes e com toda certeza funcionários.

Infelizmente a cena é cada vez mais comum, ainda mais em tempos de crise como a de agora, nos resta apreciar as imagens mesmo que tristes e relembrar com muita honra de ter visto tantas vezes a rainha dos céus operando por tantas empresas.

 

 

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