Sergey Karginov, um deputado do Partido Liberal Democrata da Rússia (LDPR), fez uma proposta um tanto inusitada na última semana. O político, atual primeiro vice-presidente do Comitê da Duma Estatal para o Extremo Oriente e o Ártico, disse que o país deveria comprar de volta um porta-aviões que atualmente é da China, o Type 001 Liaoning.
Karginov diz que Moscou deveria comprar o navio, que um dia foi seu, e ainda rebatizá-lo como “Vladimir Zhirinovsky”, fundador do partido, que faleceu em abril do ano passado.
O atual Liaoning, da Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLAN), nasceu na União Soviética como Riga, um porta-aviões da Classe Kuznetsov. O navio teve sua quilha batida em dezembro de 1985 e foi, mais tarde, rebatizado como Varyag.
A construção do navio jamais foi concluída no país, já que a URSS ruiu em 1991. O casco foi então repassado à Ucrânia como sucata, supostamente em troca de algumas garrafas de vodca, afirma Karginov. Em 1998 o navio foi arrematado por US$ 20 milhões por uma companhia chinesa, que o transformaria em um enorme hotel-cassino flutuante.
Isso de fato aconteceu com outros dois porta-aviões russos, o Minsk e o Kiev, mas não foi o caso para o Varyag. Assim que chegou à China, em março de 2002, o navio começou a receber uma extensa reforma para se tornar o primeiro porta-aviões chinês, comissionado mais de 10 anos depois como o Type 001 Liaoning.
Esta, na verdade, não é a primeira vez que o LDPR tenta homenagear seu fundador. Em novembro último o deputado Yaroslav Nilov contatou a companhia aérea estatal Aeroflot, pedindo que batizasse um de seus aviões com o nome de Zhirinovsky.
Atualmente a Marinha Russa possui apenas um porta-aviões, o Almirante Kuznetsov, navio-irmão do antigo Varyag e agora Liaoning. O porta-aviões, no entanto, foi docado para reparos em 2017 e desde então enfrenta problemas e acidentes, incluindo um recente incêndio.
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