Recentemente a South African Airways (SAA) precisou interromper as suas operações para preservar seu caixa. Porém, a companhia pode ganhar uma ajuda em breve, de uma das suas “concorrentes”.
A Ethiopian Airlines quer criar uma joint-venture com a SAA, através de um auxílio nas operações da empresa. As dívidas, no entanto, ficaria fora desse acordo de JV, sendo pagas pelo Governo da África do Sul.
No contexto da frota, a SAA tem apenas seis aviões na frota atualmente, todos narrow body, bem longe daquela conhecida frota que a companhia tinha em meados de 2019.
A Ethiopian Airlines, por sua vez, deve ajudar a South African Airways emprestando aviões, pilotos, comissários de bordo e mecânicos de aeronaves. Dessa forma, a SAA conseguiria retomar as suas operações sem custos com funcionários e aviões, e o Governo se concentraria em pagar as dívidas da empresa para retomar os bons momentos da aérea.
“Queremos tornar muito fácil para eles recomeçarem a companhia aérea, fornecendo aviões, fornecendo conhecimentos, pilotos, técnicos e liderança”, disse Tewolde GebreMariam, CEO da Ethiopian Airlines, em entrevista para a Bloomberg.
A South African Airways aguarda uma possível reestruturação da empresa, já são 10 anos que a companhia só gera prejuízos contínuos. Desde dezembro de 2019, a empresa opera praticamente no limite de seu caixa e com a chegada da crise do Covid-19 a situação piorou ainda mais.
Em junho a companhia teve seus momentos de esperança com o novo plano de resgate proposto por seus administradores. O plano seria injetar cerca de 10 bilhões de rands (US$ 590 milhões) na companhia, e isso permitiria a renovação de frota e ajustes de fluxo de caixa com as dividas operacionais.
Mesmo depois de inúmeras conversas com o governo, quatro meses depois não houve investimentos na companhia estatal. Devido a isso, foi forçada uma nova suspensão das operações.
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