Uma aeronave Cessna C182P Skylane, matrícula PT-INM, foi interceptada e alvejada por aeronaves A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira depois de entrar no espaço aéreo brasileiro sem autorização, no norte do Mato Grosso, pro volta das 19h00 de terça-feira (07). Mais de 200 quilos de cloridrato de cocaína estavam a bordo do avião.
A aeronave não tinha plano de voo e foi detectada adentrando no espaço aéreo brasileiro pela Bolívia. Uma aeronave de alerta aéreo antecipado E-99 do Esquadrão Guardião (2º/6º GAv) e aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano dos esquadrões Flecha (3º/3º GAv) e Grifo (2º/3º GAv) foram empregados para monitorar e interceptar o avião.
Os pilotos de defesa aérea seguiram o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, interrogando o piloto da aeronave, mas não obtiveram resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita, conforme previsto no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004.
Na sequência, os pilotos da FAB ordenaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico, porém o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário, então, que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso. Ainda sem retorno, a aeronave foi considerada hostil, e foram realizados os procedimentos de tiro de detenção.
No tiro de aviso, o piloto da FAB realiza disparos ao lado da aeronave interceptada, com o intuito de persuadir o piloto a obedecer as ordens da defesa aérea. Já no tiro de detenção, a aeronave interceptada é alvejada pelos aviões da defesa aérea, impedindo o prosseguimento do voo da aeronave hostil.
Após a execução do tiro de detenção, a aeronave fez pouso forçado no norte do estado do Mato Grosso. A partir de então a Polícia Federal assumiu as Medidas de Controle de Solo (MCS). O piloto se evadiu antes da chegada dos policiais e na aeronave foram encontrados mais de 296 quilos de cloridrato de cocaína.
De acordo com o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro. O avião, sem contato com o controle, descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil.
A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal, e contou com o apoio do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON)/MT, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER)/MT e das Polícias Militares dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
A FAB destacou que a ação, realizada justamente na data da Independência do Brasil, mostra que o Sistema de Defesa Aérea do Brasil atua de forma permanente, 24 horas por dia, para garantir a soberania do País.
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