Em recente visita ao Japão, o Ministro da Defesa italiano Lorenzo Guerini manifestou interesse do seu país em participar do desenvolvimento do caça japonês FX. A proposta de Guerini ao seu colega japonês Nobuo Kishi ocorre à medida que o Japão aprofunda os laços de defesa e segurança com a Europa após a invasão da Rússia na Ucrânia e suas implicações para a Ásia.
Durante o encontro, os ministros concordaram que a invasão da Ucrânia pela Rússia é “absolutamente inadmissível” e afeta a ordem mundial, não apenas na Europa, mas também na Ásia.
A #Tokyo importante incontro con collega @KishiNobuo. Abbiamo ribadito ancora una volta pieno sostegno a #Ucraina. Sintonia su reciproco impegno per rispetto del diritto internazionale e volontà di rafforzare cooperazione bilaterale, anche a livello industriale. pic.twitter.com/ctVGRZeDYO
— Lorenzo Guerini (@guerini_lorenzo) April 12, 2022
“Concordamos sobre a importância de países que compartilham valores fundamentais, como Japão e Itália, se unirem e agirem resolutamente”, disse o Ministro de Defesa do Japão.
O caça de próxima geração japonês, também chamado informalmente de F-3, está sendo desenvolvido desde 2009. O F-X substituirá o Mitsubishi F-2 Viper Zero, uma versão japonesa do F-16, atualmente operado pela Força Aérea de Autodefesa Japonesa.
A aeronave deverá ser um caça furtivo bimotor que incluirá em seu projeto a pesquisa feita no demonstrador X-2 Shinshin (ATD-X). Em novembro de 2020, a Mitsubishi Heavy Industries (MHI) foi selecionada para liderar o programa de desenvolvimento do F-X. A Lockheed Martin, que desenvolveu o F-22 e fabrica o F-35, também está atuando no projeto em parceria com a MHI.
Atualmente a Itália está trabalhando no programa do caça de 6ª Geração BAE Tempest, junto da Suécia e Reino Unido. O projeto envolve as empresas britânicas BAE Systems e Rolls-Royce, o fabricante europeu de mísseis MBDA, o grupo de defesa italiano Leonardo e a companhia sueca Saab.
Em dezembro de 2021, o Ministério da Defesa Britânico anunciou que o Reino Unido e o Japão estudariam em conjunto o desenvolvimento de um demonstrador de motores a jato para a próxima geração de caças.
Os programas Tempest e F-X seguem um cronograma similar, com os dois projetos prevendo a introdução em serviço dos caças em meados da década de 2030.
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