A Suíça assinou nesta segunda-feira (19) o contrato para compra de 36 caças stealth F-35 Lightning II. Dessa forma, o país oficializa a aquisição dos aviões, três dias depois do Parlamento aprovar o investimento.
O documento foi assinado por Martin Sonderegger, diretor da Armasuisse – agência de aquisição de armamentos do país – e Darko Savic, gerente de projeto para a aquisição da nova aeronave. Autoridades dos EUA já haviam assinado o contrato em outubro de 2021.
A compra, avaliada em 6,035 bilhões de francos suíços (aproximadamente US$ 6,4 bilhões), também cobre equipamentos específicos de missão, armamentos, pacotes logísticos, sistemas de treinamento, planejamento e avaliação de missão e o treinamento inicial de tripulantes e mecânicos.
Segundo a Armasuisse, a previsão é de que os F-35 sejam entregues entre 2027 e 2030, substituindo os F/A-18 Hornet e F-5E/F Tiger II da Schweizer Luftwaffe (Força Aérea Suíça).
Além da compra, Savic também assinou o acordo de compensação com a Lockheed Martin, ao lado de Peter Winter, chefe do programa Air2030. O acordo de compensação forma a base para que os fabricantes dos EUA possam fazer negócios com a indústria suíça, compensando os custos de aquisição da aeronave. Desta forma, as empresas suíças recebem pedidos com um volume de cerca de 2,9 bilhões de francos suíços.
A Suíça anunciou em julho de 2021 a escolha do F-35 como seu novo caça. O modelo norte-americano superou o Boeing F/A-18 Super Hornet, o Dassault Rafale e o Eurofighter Typhoon. O Saab Gripen E foi excluído da disputa em 2019 por não estar pronto.
Após a seleção, movimentos como o Stop F-35 (lançado pelo Partido Socialista e Partido Verde) e o ‘Grupo por uma Suíça sem Exército’ imediatamente lançaram campanhas para impedir a compra do avião. Até agosto as organizações haviam coletado 100.000 assinaturas de cidadãos suíços contrários ao investimento, que é parte do programa Army 2022 de modernização dos militares.
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