O governo da Austrália recebeu autorização do Departamento de Estado dos EUA para adquirir 40 helicópteros UH-60M Black Hawk. Avaliada em US$ 1,95 bilhão, a possível venda ainda deve ser aprovada pelos congressistas.
A autorização vem depois que a Austrália decidiu aposentar sua frota de helicópteros MRH-90 Taipai (NH-90), em dezembro de 2021. O Ministério da Defesa da Austrália relatou que os helicópteros apresentam baixa disponibilidade, manutenção complicada, atrasos de desenvolvimento e dificuldade para adquirir peças de reposição.
Peter Dutton, ex-ministro da Defesa, disse que “o desempenho do MRH90 Taipan tem sido uma preocupação contínua e bem documentada para a Defesa e tem havido um esforço significativo em grande despesa para tentar remediar esses problemas.”
Esses mesmos problemas também fizeram a Noruega desistir de seguir operando seus próprios NH-90 em junho deste ano. Oslo ainda quer um reembolso da NHIndustries, consórcio entre os fabricantes Fokker, Airbus e Leonardo, que produz a aeronave.
Ironicamente a Austrália comprou o MRH-90 justamente para substituir seus Black Hawk mais antigos. Na época, o Ministério da Defesa ainda protestou a decisão, alegando que o UH-60M/S-70M (que está sendo adquirido agora) era uma opção melhor. Atualmente, a Marinha Australiana opera o MH-60R Seahawk.
De acordo com a Agência de Cooperação em Segurança e Defesa (DSCA), o acordo inclui oito motores T700-GE 701D sobressalentes, instrumentos de comunicação segura, autoproteção e navegação, blindagem, assentos paletizados para chefes de tripulação, guincho para resgate, suporte logístico e treinamento de pessoal.
“A venda proposta substituirá a atual frota de helicópteros multifunção da Austrália por um sistema mais confiável e comprovado que permitirá à Austrália manter o nível apropriado de prontidão para realizar operações combinadas”, diz a DSCA, confirmando que o Black Hawk deve substituir o MRH-90/NH-90 Taipan.
“O helicóptero UH-60M Black Hawk melhorará a capacidade do Exército Australiano de implantar poder de combate para compartilhar o ambiente estratégico da Austrália, impedir ações contra seus interesses e, quando necessário, responder com força confiável. A Austrália não terá dificuldade em absorver esse equipamento em suas forças armadas.”
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