Na última semana as autoridades do Equador aprovaram a criação do Grupo ABRA, formado pela GOL, Avianca e a Viva Air. Desta forma, esta é a primeira movimentação governamental para autorizar a formação do Grupo, que contará com várias companhias aéreas da América do Sul no quadro societário.

“A autorização foi considerada após a verificação de que a transação não gera alteração na estrutura competitiva do mercado, portanto, é improvável que afete a livre concorrência dos operadores ou atue em detrimento da concorrência”, declarou a Superintendência de Controle do Mercado do Equador.

De acordo com o órgão, apenas as rotas da Avianca e da GOL foram analisadas, visto que a Viva Air não opera para o país. As autoridades consideraram que as rotas não se sobrepõem, visto que a GOL opera voos para Quito e Guayaquil somente a partir do Brasil, enquanto a Avianca foca em voos a partir de outros países vizinhos.

O Grupo ABRA ainda aguarda a autorização da Colômbia, Peru, Chile e do Brasil sobre a formação da Joint Venture, que também tem a participação da Sky Airline, que deterá 10% das ações da nova empresa. A maior dificuldade é conseguir a aprovação na Colômbia, onde algumas rotas da Viva Air podem afetar a concorrência no mercado interno e internacional.

A nova empresa terá sua sede no Reino Unido, mas antes as empresas precisam de aprovação dos órgãos de cada país. Apesar da fusão, as operações da Avianca e da GOL serão mantidas separadas porém cada empresa com sua frota e suas filosofias complementando a operação uma da outra.

Serão investidos cerca de US$ 320 milhões em recursos para a Abra, a nova holding que controlará as operações das empresas matriz e subsidiárias. 

A equipe de gestão da Holding, que será responsável pela direção geral e estratégia da
Holding, entrega de sinergias e coordenação das funções centrais, será liderada por Roberto Kriete (Presidente do Conselho de Administração), Constantino de Oliveira Junior (CEO), e Adrian Neuhauser e Richard Lark (Co-Presidentes). 

A nova holding terá participação inicial de 30% da família Constantino que é dona da GOL, tendo Constantino Jr como o CEO da Abra.