Após meses de tensão na região, Estados Unidos e Reino Unido responderam as ações dos rebeldes Houthis com ataques a alvos no Iêmen na noite de quinta-feira (11). O movimento é uma retaliação ao assédio dos rebeldes contra a navegação mercante no Mar Vermelho, atacando navios comerciais com drones e mísseis.
Mais de 15 caças F/A-18 Super Hornet dos EUA, operando de porta-aviões da Marinha dos EUA, e quatro Eurofighter Typhoon FGR.4 da Força Aérea Real (RAF), empregaram armas de precisão contra sistemas de radar, bases de lançamento e armazenamento de mísseis e drones dos rebeldes que controlam boa parte do Iêmen, disseram oficiais do governo norte-americano.
O bombardeio também acontece um dia após o maior ataque dos houthis contra o tráfego de navios no Mar Vermelho. Foram 21 drones lançados contra as embarcações, todos interceptados. Os alvos estavam na capital, Sanaa, e nas cidades de Al Hodaydah, Sa’dah, Taiz e Dhamar. Navios e submarinos também dispararam mísseis contra os Houthis.
Four @RoyalAirForce Typhoons have conducted precision strikes on two Houthi military targets alongside US forces.
The threat to innocent lives and global trade has become so great that this action was not only necessary, it was our duty to protect vessels & freedom of navigation pic.twitter.com/tbN7ncJYpF
— Rt Hon Grant Shapps MP (@grantshapps) January 12, 2024
Em comunicado, o presidente dos EUA Joe Biden confirmou que os ataques no país “são uma resposta direta aos ataques houthis sem precedentes contra navios internacionais no Mar Vermelho – incluindo a utilização de mísseis antinavio pela primeira vez na história.”
On Jan. 11 at 2:30 a.m. (Sanaa time), U.S. Central Command forces, in coordination with the United Kingdom, and support from Australia, Canada, the Netherlands, and Bahrain conducted joint strikes on Houthi targets to degrade their capability to continue their illegal and… pic.twitter.com/bR8biMolSx
— U.S. Central Command (@CENTCOM) January 12, 2024
Após os ataques, milhares de iemenitas foram às ruas nesta sexta-feira (12) para protestar e condenar o bombardeio. Mohammed Ali al-Houthi, do Conselho Político Supremo dos Houthi, disse que os ataques são terrorismo dos EUA. “Os Estados Unidos são o Diabo”, afirmou à população.
Smoke and Fire rising from the Port of Hodeidah in Western Yemen following U.S. and British Airstrikes within the last hour. pic.twitter.com/upnYOqCbyV
— Amit Shah (Parody) (@Motabhai012) January 12, 2024
Os rebeldes disseram que seguirão atacando as embarcações até que Israel saia da Palestina, onde busca por células do Hamas. As ações dos rebeldes afetaram cerca de 15% do comércio marítimo mundial e grandes empresas de navegação pararam de navegar pelo Mar Vermelho por conta da situação. EUA, Reino Unido e mais países prometeram proteção aos navios e ao direito de livre tráfego marítimo.
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