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Boeing apresenta novo conceito de míssil ar-ar com dois estágios

Durante a Air, Space, and Cyber ​​Conference, realizada anualmente pela Associação da Força Aérea dos EUA (AFA), a Boeing revelou seu novo conceito de um míssil ar-ar equipado com dois estágios, chamado simplesmente de LRAAM (Long Range Air-to-Air Missile – Míssil Ar-Ar de Longo Alcance). O projeto combina um booster traseiro acoplado a um “kill vehicle” na frente, com a seção traseira se desprendendo depois da queima de seu combustível. 

Um representante da Boeing contou a Joseph Trevithick, do The War Zone, que a fabricante produziu o conceito em resposta ao Broad Area Announcement (BAA) do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA (AFRL), anunciado em 2020, onde foi solicitado que as empresas apresentassem uma série de tecnologias avançadas desejadas para futuros mísseis ar-ar de longo alcance.

O AFRL disse que as propostas de projeto podem ser baseadas em motores de foguete de estágio único e/ou multiestágio, bem como motores ramjets. O Laboratório, no entanto, acrescentou que estava particularmente interessado em, entre outras coisas, motores de foguetes sólidos multipulsos reguláveis e novos propelentes, configurações de grãos, estojos e revestimentos” que seriam capazes de fornecer maiores velocidades e alcances, em comparação com as armas existentes, como o AIM-120 AMRAAM (Míssil Ar-Ar Avançado de Médio Alcance).

A Boeing disse que o LRAAM, que ainda está em estágio conceitual de desenvolvimento, está focado principalmente no aspecto de propulsão “impulsionada” do projeto, em que a seção traseira, que tem um corpo muito semelhante ao do kill vehicle acoplado em na frente, fornece um empuxo inicial de velocidade, transportando a arma inteira até um certo alcance, momento em que se desprende e cai. O outro motor de foguete na seção dianteira iria então acender e impulsioná-lo durante o resto de seu voo, explica o portal. 

Foto: Joseph Trevithick/The War Zone

Os veículos, que compartilham o que parece ser um formato de núcleo idêntico, não são baseados diretamente em qualquer projeto Boeing existente, afirmou o representante. Usar o mesmo projeto básico do corpo para ambas as seções ajudaria a dar um formato mais uniforme e poderia ajudar a simplificar a produção e manter os custos baixos. 

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias

Tags: AIM-120, Boeing, Míssil, T, usaexport, USAF