Um bombardeiro supersônico Tupolev Tu-22M3 fez um pouso de emergência no Aeroporto Internacional Pulkovo, em São Petersburgo, na noite do último domingo (05). Chamado de Backfire pela OTAN, o jato das Forças Aeroespaciais da Rússia (VKS) estava armado com um par de mísseis antinavio.
Segundo oficiais russos e funcionários do aeroporto, os pilotos solicitaram o pouso por conta das condições meteorológicas adversas. O jato pousou em Pulkovo e deixou o aeródromo na manhã seguinte, mas não antes de ser inspecionado por técnicos que chegaram pouco antes, a bordo de um cargueiro Il-76.
#Russia: Tu-22M strategic bomber made an emergency landing at the Pulkovo civilian international airport in #SaintPetersburg, blaming 'weather conditions,' which must be code for 'my plane is falling apart!'
All civilian air traffic was halted. pic.twitter.com/mUyMeAJWvq— Igor Sushko (@igorsushko) March 6, 2023
O Tu-22, um dos principais bombardeiros da chamada Aviação de Longo Alcance da Rússia, estava armado com dois mísseis antinavio Kh-22/32 (AS-4 Kitchen), carregados sob as asas. Isso pode indicar que a aeronave estava em uma missão de combate na Ucrânia.
Fabricado na década de 1960, o míssil pode usar uma ogiva convencional de uma tonelada ou ogivas nucleares variadas. Embora seja desenvolvido para afundar embarcações de grande porte o Kh-22 tem sido amplamente usado pela Rússia contra alvos em solo em sua guerra contra a Ucrânia. Conforme observado pelo Ministério da Defesa da Inglaterra, são mísseis “altamente imprecisos e, portanto, podem causar graves baixas e danos colaterais.”
O próprio Tu-22 também é “um filho” dos anos sessenta. Impulsionado por dois potentes turbofans Kuznetsov NK-25, o Tu-22 pode ultrapassar os 1900 km/h, tendo como missão principal a caça e destruição de navios estratégicos, como os porta-aviões norte-americanos. Dessa forma, representou um dos maiores perigos para os grupos de batalha navais dos EUA e OTAN durante a Guerra Fria. Ainda assim, pode carregar 24 toneladas de bombas, mísseis ou minas navais de variados tipos.
Quase 500 bombardeiros foram construídos, mas hoje apenas 60 restam em operação com a VKS. A própria Ucrânia também absorveu 60 aeronaves e centenas de mísseis após a dissolução da URSS, mas foram todos destruídos como parte do acordo Nunn–Lugar para redução de ameaças.
Com informações de Defence Blog.
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