Um caça F-15 da Força Aérea dos EUA (USAF) derrubou um drone da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã na quarta-feira (28), ao norte do Iraque. O abate ocorreu após uma série de ataques iranianos contra tropas curdas no país. 

Segundo o Comando Central dos EUA (CENTCOM), que atua no Oriente Médio, o jato abateu um drone Mohajer-6 por volta das 14h10 (horário local). A aeronave não tripulada voava em direção ao aeroporto de Erbil, onde militares norte-americanos estão baseados. O CENTCOM alega que o drone parecia uma ameaça às forças na área.

Fabricado pela Qods Aviation Industry, o Mohajer-6 é um drone mais usado em atividades de vigilância e reconhecimento, mas também possui entre quatro e seis estações para o emprego de mísseis. O modelo já foi exportado para Venezuela e Etiópia, mas ficou mais famoso recentemente ao ser usado pela Rússia em sua campanha contra a Ucrânia. 

Ainda pela manhã o IRGC lançou múltiplos mísseis contra Erbil. O ataque matou nove pessoas, incluindo civis inocentes. Os alvos dos iranianos eram grupos de tropas do Curdistão, vistos como terroristas por Teerã.

O CENTCOM condenou os ataques “não provocados”, afirmando que tais ações “ameaçam civis inocentes e colocam em risco a duramente lutada estabilidade da região.”

Os EUA não especificaram o modelo do F-15 (Eagle ou Strike Eagle) e nem como exatamente o drone foi abatido. É possível que o F-15 tenha usado um míssil AIM-120 AMRAAM guiado por radar ativo, visto que aeronaves não tripuladas similares ao Mohajer costumam ter baixa assinatura térmica, o que dificulta o emprego de míssil Sidewinder, mais barato e orientado por calor. Outra possibilidade é o uso do canhão rotativo M61 Vulcan, de 20mm. 

Com informações de CNN, CENTCOM