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Rússia ataca sul da Ucrânia com “drones-kamikaze” iranianos

Os drones-kamikaze (também chamados de drone-suicída) adquiridos do Irã pela Rússia foram usados em pelo menos dois ataques contra o porto de Odessa, ao sul da Ucrânia, na semana passada. 

Conforme informações do Ministério da Defesa Ucraniano, o primeiro ataque ocorreu na última sexta-feira (23). Oito drones Shahed-136 foram usados: seis teriam sido interceptados, enquanto os dois restantes destruíram um prédio administrativo, resultando na morte de um civil. 

No dia seguinte os drones iranianos voltaram a causar estragos na cidade. Segundo o prefeito de Odessa, Hennadii Trukhanov, um drone foi derrubado mas outro edifício administrativo foi atingido pelo menos três vezes, dessa vez sem vítimas. 

Já no domingo (26), a Odessa foi atacada por drones novamente. Conforme o Comando Sul da Ucrânia, a Rússia teria usado os mesmos aparelhos, desta vez à noite. Um drone foi destruído pela defesa antiaérea, enquanto outros dois atingiram prédios militares, detonando munições. Não houve vítimas e a evacuação dos civis foi organizada. 

Além dos drones-kamikaze Shahed-136, a Força Aérea Ucraniana alega ter derrubado e capturado outra aeronave não tripulada, o Mohajer-6. Fabricado pela Qods, o Mohajer-6 é um drone de combate de vigilância, bem maior que o Shahed-136, capaz de carregar pelo menos quatro mísseis pequenos. 

Drones-kamikaze, também chamados de “munições vagantes”, são aparelhos baratos que podem causar um grande estrago na infraestrutura inimiga, substituindo o uso de um avião de caça ou um helicóptero e a possível perda de seus tripulantes. Justamente por serem baratos, a Rússia pode se dar o luxo de perder vários em um ataque.

A compra de drones iranianos, munições da Coreia do Norte e seu conseguinte uso por Moscou na campanha ucraniana levanta diversos questionamentos sobre as reais capacidades da Rússia.

Na verdade o conflito como um todo – que até os EUA e OTAN acharam que seria uma rápida vitória para Moscou – tem mostrado que os russos são bem menos capazes do que aparentam.

Ainda que a Ucrânia esteja recebendo um grande apoio militar de Washington e seus parceiros, a superioridade numérica e tecnológica da Rússia não deveria ter deixado o conflito se estender por sete meses, com pesadas baixas para ambos os lados. A mais recente ordem de Putin para convocar 300 mil reservistas, além das ameaças nucleares, também mostram que o conflito foi muito além do que o Kremlin esperava. 

Até agora não há qualquer movimento que mostre um possível retorno de Rússia e Ucrânia à mesa de negociações.  

Com informações de The War Zone, Aerotime

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Drones, Irã, Rússia, Ucrânia, usaexport