Advertisement

Caças F-35 apresentam nova queda nos índices de prontidão em 2022

F-35 A USAF

Um relatório do governo dos EUA trouxe más notícias para o caça stealth F-35 Lightning II, o mais caro projeto de defesa do país. O modelo segue apresentando queda nos índices de prontidão e disponibilidade nas forças armadas norte-americanas.

O relatório, publicado neste mês pelo Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), mostra que os jatos das versões F-35A (convencional) e F-35B (pouso e decolagem vertical) apresentaram queda nas taxas de disponibilidade, enquanto as horas de voo permaneceram praticamente as mesmas. Já os F-35C, usados nos porta-aviões da Marinha dos EUA, apresentaram aumento nas métricas. 

Caças F-35A e F-35B tiveram queda nas taxas de disponibilidade, enquanto o F-35C foi o único que teve índices mais positivos. Imagem: CBO.
Caças F-35A e F-35B tiveram queda nas taxas de disponibilidade, enquanto o F-35C foi o único que teve índices mais positivos. Imagem: CBO.

“Entre 2021 e 2022, a disponibilidade dos F-35A caiu 11 pontos percentuais. A disponibilidade dos F-35B também caiu, em 7 pontos percentuais, e a disponibilidade dos F-35C aumentou em 5 pontos percentuais. Em 2022, as taxas de disponibilidade variaram de 54% para o F-35A e F-35B a 58% para o F-35C”, diz o órgão sobre a taxa de Disponibilidade, calculada dividindo o número de horas em que as aeronaves estão em condições de missão e em esquadrões operacionais pelo número total de horas de aeronaves para toda a frota, incluindo as que estão em manutenção pesada.  

Quanto às horas de voo, o CBO diz que “desde 2019, os F-35C voaram mais horas, em média, do que os F-35A ou F-35B. Para todas as três variantes, as horas de voo por aeronave aumentaram ligeiramente entre 2021 e 2022.”

Um F-35C do VFA-147 taxiando no Carl Vinson durante navegações no Mar das Filipinas.. Foto: US Navy.
Um F-35C do VFA-147 taxiando no Carl Vinson durante navegações no Mar das Filipinas.. Foto: US Navy.

Sobre a prontidão plena, que mostra a porcentagem de aeronaves que podem realizar todas as suas missões, os F-35A e B também apresentaram uma nova queda. O Escritório observa que “desde 2016, as taxas de disponibilidade de missão completa foram consideravelmente maiores para F-35A do que para F-35B ou F-35C”. Novamente, o F-35C naval teve aumento na taxa de prontidão plena. 

Ao comparar os números com o F-22 Raptor e o ainda mais antigo F-15E Strike Eagle, o F-35 tem menos disponibilidade, com índices mais similares ao do F-22. O F-15E também voou mais que ambos os modelos stealth. Na Marinha, os F-35 também apresentam números mais favoráveis se comparados ao F/A-18E/F Super Hornet, com taxas de disponibilidade de um F-35C de seis anos comparável a um F/A-18. de sete anos.

Caças F-35 Lightning II e F-22A Raptor. Foto: USAF.
Caças F-35 Lightning II e F-22A Raptor. Foto: USAF.

No entanto, é importante é ressaltar que por serem aviões furtivos, tanto o F-35 quanto o F-22 exigem uma manutenção muito mais delicada, cara e trabalhosa, o que leva mais tempo e traz dores de cabeça aos mecânicos. Além disso, o Breaking Defense observa que a frota é relativamente jovem e ainda sofre de problemas iniciais: dos 532 jatos em serviço nos EUA em setembro de 2022, o ponto em que os relatórios param, mais de 90% têm menos de uma década e mais mais da metade está no serviço há menos de quatro anos.

A maioria dos aviões também são da variante A, operada pela Força Aérea, portanto, os tamanhos das amostras são pequenos para o F-35B do Corpo de Fuzileiros Navais e o F-35C da Marinha. 

F-35 variantes
As três variantes do F-35 juntas. Da esquerda para a direita: F-35C, F-35B e F-35A. Foto: Lockheed Martin.

O ano que passou também não foi um período fácil para o jato, que chegou a ter suas entregas interrompidas depois que ligas metálicas de origem chinesas foram detectadas na sua construção. A frota também foi aterrada múltiplas vezes por acidentes e problemas com o assento ejetável. No entanto, 2022 também trouxe novos clientes para o modelo: Alemanha, Suíça, Finlândia e Canadá selecionaram o caça, enquanto Grécia, Tailândia e República Tcheca negociam compras.

 

Quer receber nossas notícias em primeira mão? Clique Aqui e faça parte do nosso Grupo no Whatsapp ou Telegram.

 

Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: F-35, usaexport