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CEO da LATAM Brasil explica como um pneu furado em Congonhas pode afetar outros voos da companhia

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Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil, vem utilizando o LinkedIn para mostrar não só os bastidores da companhia, mas também algumas curiosidades do universo da aviação. 

Em sua mais recente publicação, Cadier aproveitou para contar o que acontece quando ocorre algum comprometimento nas operações na pista principal aeroporto de Congonhas,e quais os impactos na cadeia de voos e passageiros.

Para quem não sabe, no último dia 13/9, uma aeronave civil durante o seu pouso em Congonhas, acabou estourando um dos pneus, interditando totalmente as operações no aeroporto por cerca de 50 minutos, implicando no cancelamento de 14 voos com 1677 passageiros somente da Latam Brasil.

 

Confira o relato do executivo na íntegra: 

Mais uma daquelas curiosidades da aviação!

Compartilho esta porque acho que poucos entendem as complicações que eventos aparentemente simples provocam na aviação.

No dia 13/9 em Congonhas, uma aeronave da aviação geral (um avião de pequeno porte) teve um pneu estourado na pista, fazendo com que o aeroporto ficasse impraticável entre 8:00 e 8:52 da manhã. Ou seja, não decolaram nem pousaram os voos regulares programados até que a pista fosse liberada.
Como isto afetou a Latam?

Tivemos que cancelar 14 voos impactando diretamente 1677 pessoas. Além disto, tivemos que atrasar por mais de 1 hora outros 18 voos e tivemos 1 voo alternado, impactando mais de 2 mil pessoas. A quantidade de voos é alta porque temos dois tipos de impacto: direto e indireto (chamado de reacionário). O direto é aquele voo que ia partir de Congonhas e teve que ser reprogramado.

Reacionário é aquele que eventualmente saía de outro aeroporto, mas dependia daquele voo original de Congonhas que foi cancelado (e a aeronave não chegou). Imaginem que nesta hora temos vários voos chegando ou saindo de Congonhas, por isto o impacto é enorme. E cada uma destas aeronaves impactadas iam fazer mais 4 a 5 voos naquele mesmo dia 13. Cada um destes voos e suas conexões tiveram que ser reprogramados. Os custos são enormes!

Por estas e outras que desde o princípio das discussões sobre a capacidade do aeroporto de Congonhas, a Latam deixou claro que mudanças na infraestrutura e regras de uso do aeroporto deveriam preceder o aumento de voos diários proposto pela Infraero.

O grande investimento feito até agora foi na pista, aumentando a segurança de pousos e decolagens, mas este não tem impacto na capacidade de movimentos/hora do aeroporto. E esta capacidade está saturada atualmente.

Vai ficar pior a partir de março 2023 porque o aumento de voos foi aprovado assim mesmo. O tempo dirá como será a experiência de voar em Congonhas a partir do ano que vem…

Bom fim de semana a todos!

 

Em outras oportunidades, o CEO explicou o motivo pelo qual das companhias fecharem as portas antes do horário de partida do voo, você pode conferir o relato clicando aqui.

 

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Gabriel Benevides

Autor: Gabriel Benevides

Redator Apaixonado por aviões e fotografia, sempre estou em busca de curiosidades no universo da aviação. Contato: [email protected]

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

Tags: Aeroporto de Congonhas, Curiosidades, Jerome Cadier, LATAM Brasil, usaexport