Egito e Itália estão próximos de assinar um acordo militar bilionário, um dos maiores para os dois países, que inclui a aquisição de 24 caças Eurofighter Typhoon e 20 aviões de treinamento M-346.
O acordo avaliado em US$ 3 bilhões levou três anos para ser negociado entre Roma e Cairo. Segundo uma fonte do governo italiano contou ao jornal Il Fatto Quotidiano, o presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi está aguardando a confirmação do primeiro-ministro italiano Mario Dargi para finalizar o acordo.
A compra dos jatos de caça e instrução, na verdade, faz parte de um acordo ainda maior. Os 24 Typhoon e os 20 M-346 estão avaliados em cerca US$ 12 bilhões. O mesmo negócio envolve quatro fragatas franco-italianas da Classe FREMM – modelo já operado pela Marinha Egípcia -, 20 navios de patrulha naval e um satélite de observação militar.
Se tudo der certo, este será o maior negócio de defesa assinado pelo Egito nos últimos anos, bem como uma das maiores vendas militares da Itália desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Ainda assim, os trâmites ocorrem em meio à polêmicas entre os dois países por conta da morte do doutorando italiano Giulio Regeni. Regeni foi torturado e assassinado no país em 2016 e seu corpo foi encontrado nos arredores de Cairo.
Mesmo com protestos na Itália, o acordo pode estar próximo de ser assinado. Segundo a reportagem, as negociações estariam em fase final de alinhamento de garantias e de financiamento.
Outro fator que chama atenção é o fato da Força Aérea Egípcia ter uma das frotas mais variadas do mundo, operando aeronaves russas, francesas, brasileiras e estadunidenses como o Mikoyan MiG-29 Fulcrum, Dassault Mirage 2000 e Rafale, Embraer T-27 Tucano e seu principal caça, o Lockheed-Martin F-16 Fighting Falcon.
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