Fãs de aviação com bastante dinheiro na conta podem adquirir um clássico sucesso de vendas projetado pela Embraer, o Tucano (EMB-312). Uma versão britânica do Tucano desenvolvido na década de 1980 para a Força Aérea Brasileira foi posto à venda nos Estados Unidos por US$ 1,350,000, ou R$ 6,71 milhões na cotação desta segunda-feira (25).

Anunciado pelo site AircraftForSale da revista norte-americana FLYING, este não é o T-27 Tucano fabricado pela Embraer e já bastante conhecido, mas sim a sua versão produzida no Reino Unido. Chamado de Tucano T1, o modelo foi fabricado pela Short Brothers e empregado pela Força Aérea Real (RAF) no treinamento avançado de aviadores militares. 

O Tucano britânico foi modificado pela Short para responder aos requisitos da RAF para um novo avião de treinamento. Dentre as diferenças para o modelo original estão o motor Honeywell (mais potente que o Pratt & Whitney PT6 instalado no T-27), novas saídas de gases, freio aerodinâmico, canopy reforçado e hélice de quatro pás. Algumas modificações foram, mais tarde, usadas no projeto do Tucano JPATS/ALX, que deu origem ao A-29 Super Tucano. 

Com cerca de 34 anos, o Tucano T1 está à venda em Chino, na Califórnia, e possui a matrícula norte-americana N846RS. A aeronave tem 3.488 horas na fuselagem, 2.360 horas no motor turboélice Honeywell TR 331-12B e 496 horas na hélice Hartzell desde a última revisão. O Tucano possui suíte de aviônicos Garmin G500, GPS GTN 750 e rádio Garmin SL 40 Nav/Com. A aeronave ainda ostenta a pintura preta com marcações militares da RAF, incluindo o registro ZF266. 

O Short Tucano foi usado pela RAF até 2019, quando foi substituído pelo T-6C Texan II. A versão britânica do T-27 da Embraer também foi exportada para o Kuwait e Quênia, onde ainda está em serviço.

No Brasil, o T-27 Tucano é usado na instrução avançada dos cadetes aviadores do 4º ano da Academia da Força Aérea, através do 1º Esquadrão de Instrução Aérea. A FAB está modernizando seus T-27 para aprimorar a formação de seus novos pilotos.