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EUA acusam autoridades da Bielorrússia de fazer alerta falso de bomba a bordo de um voo da Ryanair

Ryanair Boeing 737 Bielorrússia

Em maio de 2021, o voo FR 4978 da Ryanair operado por um Boeing 737-800 partiu de Atenas na Grécia com destino a Vilnius na Lituânia.  Porém pouco depois da metade do caminho, a aeronave foi instruída pelos controladores a realizar um pouso na cidade de Minsk na Bielorrússia. 

Os controladores bielorrussos informaram aos pilotos da Ryanair que havia uma suspeita de uma bomba a bordo da aeronave, e a cerca de 72km de distância de Vilnius, o Boeing foi desviado para Minsk na Bielorrússia que fica a 183km da posição onde a aeronave foi contatada. A bordo haviam quatro cidadãos norte-americanos.

Porém segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos aponta que a suspeita de bomba a bordo do Boeing da Ryanair era falsa. Segundo a investigação, o voo foi desviado com a falsa informação de bomba para que o jornalista Roman Protasevich que é da Bielorrússia e sua namorada Sofia Sapiega fossem presos ao desembarcarem no país.

A investigação que foi liderada por Michael J. Driscoll que é diretor-assistente do FBI de Nova York, acusa quatro pessoas no envolvimento do alarme falso com o voo da Ryanair.

Leonid Mikalaevich Churo, diretor-geral do Controle do Espaço Aéreo da Bielorrússia, Oleg Kazyuchits Vice-Diretor do Controle Aéreo, Andrey Anatolievich Lnu do Serviço de Segurança da Bielorrússia e Fnu Lnu que também faz parte da segurança nacional. 

Segundo a investigação do FBI, Leonid Churo e mais um oficial foram pessoalmente comunicar ao Controle do Espaço Aéreo para informar aos pilotos da Ryanair sobre a ameaça de bomba a bordo e obrigar o voo a desviar para Minsk.

Os promotores afirmaram ainda que o plano estava traçado antes mesmo do avião decolar de Atenas na Grécia. Oleg Kazyuchits Vice-Diretor então ficou encarregado de fazer relatórios falsos sobre o incidente, e segundo a investigação, os relatórios foram feitos sob supervisão de um segundo oficial ainda não identificado. 

O que aconteceu não é apenas uma violação imprudente da lei dos EUA, é extremamente perigoso para a segurança de todos que voam em um avião. O próximo piloto que receber um pedido de socorro de uma torre pode duvidar da autenticidade da emergência – o que coloca vidas em risco”, disse Michael J. Driscoll do FBI.

Os réus continuam foragidos. Os Estados Unidos esperam trabalhar com nossos parceiros estrangeiros para levá-los à justiça”, concluiu em comunicado.

Confira o comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos na integra clicando aqui.

Há pouco tempo, a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) concluiu sua investigação sobre o ocorrido, seu relatório não foi divulgado. Entretanto, o relatório foi vazado e publicado, para acessar clique aqui.

O relatório da OACI não acusa nenhum oficial da Bielorrússia mas detalha que há diversas inconsistências em versões do ocorrido no país. O relatório aponta ainda que as autoridades não quiseram compartilhar informações importantes para a apuração dos fatos, além disso o ATC não cumpriu os procedimentos de segurança para esse tipo de ocorrência.

 

 

Fonte: Aerotime

 

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