O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD) deu luz verde para a produção inicial de baixa cadência (LRIP) de seu mais novo avião de combate, o bombardeiro stealth B-21 Raider. A aeronave ‘invisível aos radares’ fez seu primeiro voo no final do passado e já começou a campanha de testes. 

A informação foi revelada na segunda-feira (22) pelo subsecretário de Defesa para Aquisição e Sustentação, William LaPlante. À imprensa, o oficial disse que a produção da nova aeronave está avançando. “No outono passado, com base nos resultados dos testes de solo e de voo e nos planos maduros da equipe para a fabricação, dei luz verde para começar a produzir B-21 a uma taxa baixa”, afirmou. 

LaPlante também disse que os “planos maduros de fabricação” da equipe B-21 contribuíram para sua decisão de avançar na produção. “Um dos principais atributos deste programa é projetar a produção desde o início – e em escala – para fornecer um impedimento confiável aos adversários. Se você não produz e coloca em campo para combatentes em grande escala, a capacidade realmente não importa.

Fabricado pela Northrop Grumman, o B-21 Raider é dito pela fabricante como sendo a primeira aeronave de sexta geração do mundo. O Raider vai substituir o B-1B Lancer e o B-2 Spirit e operar ao lado do veterano B-52, que passa por modernização. A nova aeronave vai usar capacidade furtiva para ultrapassar defesas inimigas avançadas e realizar ataques profundos, empregando armamento convencional ou nuclear. Segundo a Northrop, o contrato de LRIP já era esperado desde o primeiro voo do bombardeiro, em novembro de 2023.

“Conforme compartilhado pela Força Aérea dos EUA, o Northrop Grumman B-21 Raider entrou em produção inicial de baixa taxa. Nossa equipe recebeu a concessão do contrato depois que o B-21 iniciou os testes de voo dentro do cronograma básico do programa. Nossa aeronave de teste representativa de produção indicou prontidão para produção, atingindo todos os requisitos de desempenho de voo e dados”, disse a Northrop em comunicado.

“Como a primeira aeronave de sexta geraçao do mundo, o B-21 constitui a espinha dorsal do futuro para o poder aéreo dos EUA, proporcionando uma nova era de capacidade e flexibilidade através da integração avançada de dados, sensores e armas, e é rapidamente atualizável para superar as ameaças em evolução.”

A USAF ainda deve assinar a compra de pelo menos 100 novos bombardeiros, cujas primeiras unidades devem entrar em serviço em meados da década de 2020. Washington vai investir cerca de US$ 203 bilhões no desenvolvimento da aeronave nos próximos 30 anos, com cada B-21 custando cerca de US$ 629 milhões.