Os Estados Unidos venderão caças Boeing F-15 Eagle para o Egito, revelou o General Kenneth McKenzie, nesta terça-feira (15). McKenzie é chefe do Comando Central dos EUA, responsável pelo Oriente Médio, Ásia Central e Sul.
“Acho que temos boas notícias, pois vamos fornecer a eles o F-15, o que foi um trabalho longo e difícil”, disse o general McKenzie aos senadores dos EUA durante uma audiência do Comitê de Forças Armadas do Congresso.
“Eles acharam que foi muito longo, demorou muito”, afirmou o General. McKenzie não deu detalhes sobre a versão da aeronave, nem quando ou quantas aeronaves serão repassadas ao país. Segundo o portal Aviation Week, os EUA exportarão o F-15EX Eagle II, versão mais moderna do caça de superioridade aérea.
O Egito já tentava adquirir o F-15 há décadas, mas Washington limitou o país ao F-16 por conta das relações conturbadas entre os países, além da forte ligação que os EUA tem com Israel. Na região, Israel, Catar e Arábia Saudita operam o avião de combate norte-americano em diferentes variantes.
Mesmo adquirindo caças Mirage e Rafale da França, Cairo se aproximou da Rússia e adquiriu 50 caças MiG-29M2 Fulcrum e chegou a comprar 24 Sukhoi Su-35 mesmo sob as ameaças de sanções dos EUA. No entanto, os aviões da Sukhoi nunca foram entregues.
Conforme a Reuters, McKenzie enfatizou em fevereiro a assistência militar “muito robusta” ao Egito ao voar para o Cairo após uma decisão do governo do presidente Joe Biden de cortar US$ 130 milhões em ajuda militar ao país por questões de direitos humanos.
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, um ex-chefe do Exército, foi criticado por esmagar a dissidência desde que chegou ao poder depois de liderar a deposição em 2013 do presidente eleito Mohamed Mursi do agora banido partido islâmico, a Irmandade Muçulmana.
Autoridades dos EUA disseram que a relação americana com o Egito é complexa. O país árabe mais populoso é um aliado vital e uma voz-chave no mundo árabe. Oficiais militares dos EUA há muito enfatizam o papel do Egito na aceleração da passagem de navios de guerra dos EUA pelo Canal de Suez e na concessão de sobrevoo para aeronaves militares americanas.
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