O desenvolvimento de aeronaves supersônicas está avançando a cada dia que se passa, apesar da crise no setor de aviação comercial. Diversas empresas estão apostando em conceitos distintos, seja para o mercado executivo ou mirando as companhias aéreas.
E por este motivo a Federal Aviation Administration (FAA) reservou um espaço para o teste dessas aeronaves futuramente, sem interferir em áreas urbanas ou habitadas.
O espaço é um corredor no meio do Kansas, um dos estados norte-americanos, onde as aeronaves podem atingir velocidades supersônicas sem o risco de danos por parte do “Boom Sônico”, mesmo que essas empresas estejam desenvolvendo com a NASA soluções para extinguir essa característica entre a passagem do regime subsônico para o supersônico.
A escolha foi realizada em acordo com o Governo do Estado do Kansas, analisando também critérios técnicos de ter aeroportos de alternativa, caso o voo tenha problemas, e também de distanciamento de outras cidades.
O corredor de 1200 quilômetros de comprimento tem autorização para voos com velocidade de até Mach 3 (aproximadamente 3700 km/h).
Atualmente, devido ao Boom Sônico, a FAA só autoriza voos no continente com velocidade abaixo de Mach 1. No entanto, as empresas que estão produzindo esses novos aviões estão estudando formas de diminuir ao máximo o barulho e vibração da transição entre os regimes de velocidade, e a FAA está participando desse estudo.
Por esse motivo, voos supersônicos no continente só podem ser realizados por aeronaves comerciais com autorização especial da FAA, como neste caso.
A meta de empresas como a Boom e a Virgin é desenvolver um avião capaz de fazer voos supersônicos acima de continentes, possibilitando voos como de Paris para Dubai e Xangai com aviões de maior velocidade.
Na época do Concorde, a aeronave perdia a sua versatilidade e capacidade de uso, devido ao fato de só ser viável realizar voos supersônicos acima dos oceanos.