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FAB de olho nos jatos P-8 Poseidon e T-7 Red Hawk

T-7 Red Hawk P-8 Poseidon Comandante FAB Boeing Saab

O Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, recebeu representantes das fabricantes Boeing e Saab na quinta-feira (22). O oficial conversou com os executivos sobre o avião de patrulha marítima P-8 Poseidon e o jato de treinamento T-7A Red Hawk. 

Estiveram presentes o Diretor Regional Tim Flood, acompanhado do Diretor de Negócios Donn Yates; do Líder Regional Pablo Weltman, e dos Desenvolvedores de Negócios Tomas Karlsson e Kistian Skoog.

FAB – Divulgação.

Pela FAB, também participaram da reunião o Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta, e o Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues.

O conversa desta semana é fruto do primeiro encontro do Comandante com o diretor regional da Boeing, durante o show aéreo de Farnborough, na Inglaterra. Na oportunidade, os dois conversaram sobre as novidades do mercado de aviação. 

T-7 Red Hawk USAF EUA treinamento
Jatos de treinamento Boeing-Saab T-7A Red Hawk. Foto: Boeing.

Segundo a FAB, a partir desse encontro, surgiu a necessidade e o interesse de se complementar informações sobre dois importantes projetos da Boeing. Um deles é a aeronave T-7A, desenvolvida em parceria com a SAAB, como um jato de treinamento avançado para substituir o T-38 Talon.

Flood e Baptista Jr. também conversaram sobre o P-8 Poseidon, principal avião de patrulha marítima em operação com a Marinha dos EUA. Desenvolvido principalmente para substituir o P-3 Orion, o Poseidon está entre os mais modernos jatos militares, adquirido por outros sete países além dos Estados Unidos. 

Boeing P-8 Lockheed Cp-140 P-3 Canadá Austrália
CP-140 Aurora (P-3 Orion) da RCAF voa na ala de um P-8A australiano. Foto: Cpl Craig Barrett.

De acordo com o Comandante da FAB, a reunião foi de suma importância para prospectar o futuro da Aviação de Patrulha marítima no Brasil, uma vez que existe a necessidade de se discutir o substituto da aeronave P-3AM Orion, usada no patrulhamento de longo alcance.

“A aeronave P-8 é baseada na plataforma Boeing 737NG, com mais de 150 unidades em serviço. Dessa forma, tem se mostrado um projeto e um sistema d’armas muito importante, principalmente para um país como o nosso com 8.500 quilômetros de costa”, explica.

P-3AM ORION FAB PATRULHA MARÍTIMA
P-3AM Orion do Esquadrão Orungan no Aeroporto Internacional de Porto Alegre em 2017, antes de partir para as buscas ao submarino argentino ARA San Juan. Foto: Gabriel Centeno/Aeroflap.

Com o objetivo de trazer inovação e desenvolvimento, o Diretor Regional da Boeing na América do Sul destacou a reunião como essencial para se discutir projetos e suas potencialidades. Assim, puderam debater sobre o desenvolvimento industrial brasileiro e a frota de aeronaves da FAB – que apresenta modelos como os A-29 Super Tucano e os F-39 Gripen – considerada uma das maiores da América Latina.

“Com essa reunião, poderemos iniciar a construção de uma parceria de desenvolvimento futuro e próspero para a Força Aérea do Brasil. Isso porque acreditamos que podemos contribuir em diversos segmentos, com o objetivo de ajudar a garantir a segurança do país”, destacou.

FAB – Divulgação.

Flood também destacou que a reunião trouxe a oportunidade para apresentar mais informações sobre como desenvolver programas e modernizar aeronaves de forma a preservar o meio ambiente. “O P-8 é uma aeronave que poderá trazer grandes benefícios para o Brasil, atuando em diversos segmentos e sendo considerado uma das melhores do mundo”, disse.

O Comandante da FAB foi convidado para conhecer as instalações da Boeing em Saint Louis, nos EUA, e testar as capacidades da aeronave T-7A Red Hawk em um voo de demonstração. O uso de jatos de treinamento pela FAB é pauta para discussão há bastante tempo, especialmente após a baixa dos AT-26 Xavante em 2010.

Aeronaves A-29, F-5EM e A-1A carregadas com mísseis MAA-1 Piranha em um foto de propaganda para a Mectron, desenvolvedora dos mísseis.

A Aeronáutica avaliou o impacto da transição do A-29 para os aviões de 1ª linha (F-5M e AMX A-1), sem que os aviadores passem por um jato após a formação na Academia da Força Aérea. Em abril, Baptista Jr. voou o Leonardo M346 na Itália, um jato de treinamento avançado e caça/ataque leve.

A importância da Aviação de Patrulha

Surgida no Brasil em meio à Segunda Guerra Mundial, a Aviação de Patrulha brasileira possui a missão de vigiar e proteger, 24 horas por dia, uma área de aproximadamente 13,5 milhões de quilômetros quadrados. 

Cabe à Aviação de Patrulha, por exemplo, a vigilância da Zona Econômica Exclusiva brasileira, localizada no Oceano Atlântico, onde se encontram as maiores reservas nacionais de petróleo, entre elas a área do pré-sal. Além disso, ajuda, em conjunto com a Marinha do Brasil, a garantir a segurança das linhas de transporte marítimo, uma vez que 95% dos produtos comercializados são transportados pelo mar.

FAB P-3 P-95 Patrulha Marítima
Aeronaves P-95 Bandeirulha e P-3AM Orion da Aviação de Patrulha. Foto: Sargento Johnson Barros/FAB.

No contexto atual, o conflito na Ucrânia tem mostrado, de maneira clara, a importância de se garantir a segurança e o livre acesso a portos e rotas marítimas para o escoamento das riquezas produzidas e o abastecimento da população.

Via Força Aérea Brasileira, adaptado por AEROFLAP.

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Boeing, fab, P-8 Poseidon, SAAB, T-7A Red Hawk, usaexport