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França, Alemanha e Espanha fecham acordo para desenvolvimento do caça FCAS de 6ª Geração

FCAS NGF Dassault

França, Alemanha e Espanha chegaram a um acordo quanto ao desenvolvimento do caça de 6ª geração FCAS (Future Combat Air System). O projeto é avaliado em mais de 100 bilhões de euros, o mais caro do tipo na Europa. 

Segundo Reuters, o Ministério da Defesa da Alemanha disse em comunicado que um acordo industrial foi alcançado após intensas negociações. A pasta ainda destaca que foi acordado no mais alto nível do governo que uma abordagem cooperativa em pé de igualdade seria adotada no projeto, que está sob a responsabilidade geral da França.

“O acordo político sobre o FCAS é um grande passo e – especialmente nestes tempos – um sinal importante da excelente cooperação franco-alemã-espanhola”, disse a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht. “Fortalece as capacidades militares da Europa e garante know-how importante não apenas para a nossa, mas também para a indústria europeia.”

Caça FCAS Alemanha Europa França Espanha
Projeção do futuro NGF/FCAS.

O Ministério da Defesa espanhol disse que Madri gastará 2,5 bilhões de euros (US$ 2,58 bilhões) no projeto, dos quais 525 milhões de euros (US$ 542 milhões) serão pagos em 2023. O ministério disse que o gabinete concordou com esse gasto, mas não deu outros detalhes.

O presidente francês Emmanuel Macron e a então chanceler alemã Angela Merkel anunciaram pela primeira vez os planos em julho de 2017 para o FCAS, que incluirá um caça a jato e uma variedade de armas associadas, incluindo drones.

Assim como nos projetos Tempest (Itália, Reino Unido e Suécia) e NGAD (Estados Unidos), o programa FCAS inclui não só um avião de caça de nova geração, mas sim uma família completa de sistemas de combate aéreo, tendo o caça como peça central.

Concepção do caça FCAS de 6ª geração, desenvolvido por França, Alemanha e Espanha.
Desenvolvimento do FCAS envolve uma família completa de sistemas de combate aéreo, incluindo drones loyal wingman. Imagem: Dassault.

As francesas Dassault, Airbus e Indra – as duas últimas representando a Alemanha e a Espanha, respectivamente – estão envolvidas no esquema para começar a substituir o Rafale francês e o Eurofighter alemão e espanhol a partir de 2040.

“Agora, uma série de medidas formais nos respectivos países devem ser tomadas para permitir uma assinatura rápida do contrato, à qual teremos que aderir”, disse a Airbus em comentários por e-mail.

Ultimamente, o projeto – originalmente concebido para unificar os europeus após a crise migratória e a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia – tem sido uma fonte de tensão entre os dois países. No mês passado, Macron cancelou uma reunião ministerial conjunta franco-alemã devido a divergências com Berlim em uma ampla gama de questões, incluindo projetos de defesa e energia.

Conceito do FCAS da Airbus

Ambos os lados lutaram por mais de um ano para chegar a um acordo sobre o próximo estágio de desenvolvimento do FCAS, embora os governos francês e alemão concordassem amplamente com o projeto. Algumas fontes viram a culpa na Dassault, já que a empresa se recusou a ceder em uma longa disputa sobre os direitos de propriedade intelectual.

Outras fontes culparam a Airbus por pressionar por uma maior participação no projeto liderado pela Dassault, insistindo que deveria ter “pé de igualdade” com a empresa francesa.

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: 6ª geração, Alemanha, Espanha, FCAS, França, usaexport