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Helicópteros particulares prestam assistência às vítimas no Litoral Norte de São Paulo

por Micael

As fortes chuvas que arrasaram o Litoral Norte do estado de São Paulo na semana do carnaval chamou a atenção da sociedade. Cidades inteiras como São Sebastião e Bertioga estão desde a noite do último sábado totalmente ilhadas depois que mais de dez pontos de acesso ao litoral norte ficaram impraticáveis devido aos deslizamentos que invadiram as rodovias em ambos sentidos, inviabilizando qualquer acesso a estas cidades.

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Segundo o centro de monitoramento da Defesa Civil de São Paulo, foram registrados mais de 683 milímetros por metro quadrado de água em Bertioga e 627mm em São Sebastião. E pior é que a previsão é de mais chuvas, que pode aumentar o número de deslizamentos de terra e enchentes, fazendo subir o número de vítimas e desabrigados em decorrência ao recorde de chuvas na região.

O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, sobrevoou as áreas atingidas pelas inundações, quando foi decretado estado de calamidade pública nessas regiões.

Via oceano, as equipes de socorro não conseguem acesso devido aos fortes ventos que fazem o mar ficar extremamente agitado, além da grande quantidade de entulho, árvores e móveis das casas e comércios que se depositaram sobre a praia, impedindo as embarcações de alcançarem as vítimas.

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Sob este contexto caótico, mais uma vez o seguimento das asas rotativas têm papel fundamental no apoio às vítimas deste que é o maior desastre ambiental da história de São Sebastião e Bertioga. Com as estradas totalmente bloqueadas, as equipes de bombeiros não conseguem acesso terrestre para a região, sendo utilizado aeronaves do Poder Público para a missão.

Porém, o número de aparelhos (em torno de sete máquinas) tornou-se insuficiente para atender toda a demanda. Nessa hora, mais uma vez empresas privadas e proprietários de helicópteros cedem seus pilotos e aeronaves para auxiliar no transporte de equipamentos médicos para pronto-atendimento, remédios, alimentos, roupas e água para as regiões inacessíveis por solo.

Proprietários e empresas disponibilizam seus pilotos e máquinas em favor da população (Foto: redes sociais)

 

Aeronaves partem de helicentros e hangares com mantimentos (Foto: redes sociais)


Dentro de diversos heliportos e hangares espalhados principalmente na capital e área metropolitana de São Paulo, as máquinas partem rumando o litoral, onde realizam o pouso em avenidas ou campos de futebol próximos aos pontos que foram mais atingidos pelas fortes chuvas. Uma vez em solo, moradores que perderam tudo e os próprios tripulantes auxiliam no desembarque das doações recebidas.



Embora o número de aeronaves que estão sendo empregadas voluntariamente nessas viagens venha aumentando, ainda é insuficiente. Isso porque a quantidade de pessoas necessitando ajuda naquela região e em cidades vizinhas é grande, e ainda não há previsão para liberação completa das pistas para que o auxílio via terra possa chegar em pontos onde até agora estão embaixo dos escombros ou cobertos por água.

Helicópteros privados auxiliam no socorro às vítimas no litoral (Foto: redes sociais)
Helicentros e hangares ofereceram suas instalações para o recebimento das doações para as vítimas com pouso livre para as missões (Foto: redes sociais)


Por isso, diversos helicentros e hangares estão liberando o pouso de aeronaves para que possam realizar o transporte de cestas básicas, médicos e enfermeiros para atender as vítimas na região costeira.
 
O uso de aeronaves privadas que são empregadas em situações de emergência e calamidade pública é histórico no Brasil. Proprietários e operadores dessas máquinas disponibilizam suas tripulações e aparelhos para operações de apoio logístico e salvamento desde várias décadas.

Algumas dessas missões ficaram eternizadas na história do país, como nos incêndios dos edifícios Andraus e Joelma em 1972 e 1974 respectivamente, onde helicópteros privados auxiliaram no resgate de pessoas que estavam na cobertura dos prédios em chamas, totalizando mais de quatrocentas pessoas salvas em ambos os eventos.

Enstrom F-28A PT-HCB realizando resgates no Andraus em chamas (foto: Agência Estado)

Micael Rocha foi instrutor de voo por quatro anos, é checador em aeroclubes e CIACs, voou C525, C525B e C208B Caravan em táxis aéreos e voa Cirrus SR22 desde 2013. 
@aeroereview

 

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Autor: Micael Rocha

Micael Rocha foi instrutor de voo por quatro anos, é copiloto de CJ1, CJ3 e C208B Caravan e voa aeronaves Cirrus SR22 desde 2013. @aeroereview

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