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Imagens: F-22 dispara míssil e derruba balão-espião chinês nos EUA

F-22 disparando um míssil ar-ar AIM-120 AMRAAM. Foto: USAF.

Dias após cruzar o território dos Estados Unidos, um balão-espião da China foi abatido na tarde deste sábado (04) por um caça F-22 Raptor da Força Aérea dos EUA (USAF). A operação envolveu pelo menos dois F-22 atuando ao lado de aviões-tanque, embarcações e aeronaves de busca e salvamento. 

O aeróstato chegou à América do Norte pelo Alasca em 27 de janeiro, entrou em espaço aéreo canadense no dia 30 e nos EUA continentais pelo norte de Idaho, no dia seguinte, a uma altitude de 60 mil pés (18,2 Km), seguindo em direção ao sul dos Estados Unidos até ser observado pelo Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS) em Pleasant Hill, Missouri.

Militares dos EUA confirmaram que o objeto se tratava de um balão vindo da China, possivelmente para coleta de inteligência (espionagem). Mais tarde o Ministério das Relações Exteriores da China assumiu responsabilidade pelo balão, mas disse que o aeróstato era usado para pesquisas meteorológicas e estaria à deriva, e não propositalmente sobrevoando os EUA. 

Com o passar dos dias, as opiniões sobre o balão chinês se dividiram, com um lado defendendo o abate do aeróstato, e outro pedindo mais cautela. De qualquer forma, a polêmica apenas cresceu. Na quarta-feira, Washington já havia confirmado que derrubaria o balão, mas isso só ocorreu hoje, quando o artefato chegou ao mar.

Um par de caças F-22 Raptor ( a mais potente aeronave de combate do país) circulou o balão chinês sobre Myrtle Beach, na Carolina do Sul. Ao mesmo tempo a Agência Federal de Aviação cessou as operações de três aeroportos da região e fechou parte do espaço aéreo local por 40 minutos.

Apoiando os caças estavam um par de aviões-tanque KC-135, um jato de patrulha marítima P-8 Poseidon e um avião de busca e salvamento HC-130 da Guarda Costeira, bem como navios da Marinha e Guarda Costeira aguardando a queda do balão para a subsequente captura.

Assim que o balão estava sobre o mar, um dos F-22, pertencente à 1ª Ala de Caça da Base Aérea de Langley, disparou um único míssil AIM-9X Sidewinder contra o balão, que caiu na água.  

“A derrubada ocorreu na primeira oportunidade disponível para fazê-lo sem ameaça aos que estavam no terreno.” A operação, observada por vários em solo, também marca o primeiro abate de um Raptor.

Segundo oficiais dos EUA, o balão chinês derrubado nesta tarde chegou a 65 mil pés, e foi abatido a 58 mil pés. Os detritos caíram em águas com 14 metros de profundidade, muito mais raso que se esperava. Agora a Marinha, Guarda Costeira e o FBI trabalham para recuperar os restos do balão. Falando à Reuters, uma fonte militar dos EUA disse que campo de destroços do balão chinês está espalhado por cerca de 11 quilômetros.

“Este não é o único balão de vigilância operando no hemisfério ocidental, com outro operando na América do Sul e Central como parte de uma frota sob a direção do Exército Popular de Libertação nos cinco continentes”, disseram oficiais norte-americanos citados pelo portal The War Zone. 

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: abate, Balão, China, espionagem, EUA, F-22, usaexport