A Força Aérea Italiana está estudando o processo de baixa em seus caças-bombardeiros AMX A-11 Ghibli. Os aviões, desenvolvidos na década de 1980 em conjunto com a Embraer, devem sair de serviço em até dois anos.
A informação foi revelada pelo Coronel Emanuele Chiadroni na semana passada. Chiadroni, agora comandante do 51ª Ala, disse que a aposentadoria dos AMX é certa, mas ainda está sendo avaliada. “Estamos falando de pouco tempo, talvez um ano ou dois, não mais obviamente por razões logísticas”, afirmou o oficial ao Treviso Today.
O modelo, que já passa dos 30 anos de serviço, será substituído pelos caças multifunção Eurofighter Typhoon. “O 132 Grupo de Caça já está 100% operacional com o Eurofighter. Muito poucos pilotos estão operacionais em ambos aviões”, conta o Coronel.
O A-11 Ghibli, como é chamado na Itália, é fruto de um projeto de 1980 entre Brasil e Itália, conduzido pela Alenia, Aermacchi e Embraer, que juntas formaram o consórcio AMX International. Na Europa, o Ghibli substituiu os Fiat G.91; no Brasil, o jato AMX entrou em serviço como A-1, tomando o lugar do AT-26 Xavante nas missões de ataque ao solo e reconhecimento.
Com a iminente aposentadoria dos 36 AMX e AMX-T na Itália, o Brasil deverá se tornar o único operador do modelo. Os A-1 são operados pelos esquadrões Poker e Centauro a partir da Base Aérea de Santa Maria, no RS.
Ainda que tenham sido modernizados recentemente, os AMX brasileiros também se aproximam de sua aposentadoria, prevista para a década de 2030. Por enquanto, seu substituição ainda não é garantida.
Os 36-40 caças Saab F-39 Gripen não são suficientes para substituir os quase 50 F-5M Tiger II – incluindo alguns que já deram baixa – e os cerca de 12 A-1 da Força Aérea Brasileira. Ainda assim, o Comando da Aeronáutica já está negociando um 2º lote com 26 Gripens.
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