A comitiva da LATAM que acaba de desembarcar em Dubai (Emirados Árabes Unidos) terá uma participação ativa na COP28, a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A companhia organizará e participará de diversos painéis junto a entidades governamentais, outros representantes do setor privado e autoridades acadêmicas. A LATAM tem como meta ser uma companhia carbono neutro até 2050 e defende que o Brasil precisa de uma política pública própria para o SAF, para que o uso do combustível sustentável não torne o transporte aéreo inacessível para a sua população e empresas.
“Estamos investindo fortemente nas discussões em Dubai porque o Brasil tem potencial para liderar a transição energética em setores chave como a aviação. Nosso olhar para a COP30 de Belém, daqui a dois anos, já está nesta direção”, explica Maria Elisa Curcio, diretora de Assuntos Corporativos, Regulatórios e Sustentabilidade da LATAM Brasil. “A LATAM será cada vez mais um ativo social e ambiental para ajudar o Brasil a enfrentar os desafios de descarbonização. E isso passa pela construção de uma política pública estatal para o SAF e pelo desenvolvimento de um mercado de carbono justo e eficiente para a sociedade e os ecossistemas brasileiros”.
Confira abaixo a programação da LATAM na COP28 e a sua estratégia de Sustentabilidade:
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A ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE DA LATAM E OS DESAFIOS DA DESCARBONIZAÇÃO
A estratégia global de sustentabilidade do Grupo LATAM Airlines tem compromissos para promover o desenvolvimento social, ambiental e econômico da América do Sul nos próximos 30 anos de forma colaborativa e baseada no diálogo. Todos os compromissos estão focados nos pilares de Mudanças Climáticas, Economia Circular e Valor Compartilhado, conectados com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). As quatro principais metas do Grupo LATAM são: eliminar plásticos de uso único até 2023 e ser uma companhia zero resíduos para aterro sanitário até 2027; reduzir ou compensar o equivalente a 50% das emissões domésticas de CO2 até 2030; e ser uma companhia carbono neutro até 2050.
Especificamente no pilar de Mudanças Climáticas, a LATAM entende que o SAF (sigla em inglês para Combustível Sustentável de Aviação) tem um enorme potencial para impulsionar a descarbonização da aviação, mas a sua produção em escala para atender às necessidades das companhias aéreas requer um marco regulatório com regras claras e coerentes, segurança jurídica para investimentos, além de incentivos e tributação adequados. Além disso, a descarbonização do setor aéreo não é uma tarefa que as companhias aéreas podem realizar sozinhas e o SAF também não é a única solução a ser buscada. A descarbonização da aviação requer atuação em outras três frentes: a incorporação de novas tecnologias, como frotas mais eficientes ou sistemas que permitam a otimização da operação; mais eficiências operacionais que possibilitem a redução das emissões; e a compensação das emissões.
Nesse sentido, a LATAM já adquiriu aeronaves que consomem de 20% a 25% menos combustível, como o Airbus A320neo e o Boeing 787, e instalou softwares e ferramentas de machine learning que otimizam procedimentos, abastecimento e trajetórias dos aviões. Também começou a testar o uso de veículos elétricos para o atendimento das aeronaves em solo e apoia a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e o Decea (Departamento de. Controle do Espaço Aéreo) no redesenho de 75 rotas do Brasil, que ajudou a reduzir em 62 milhões de quilos o consumo de QAV (Querosene de Aviação) e em 196 milhões de quilos as emissões de gás carbônico entre 2020 e o primeiro trimestre de 2023. Ao mesmo tempo, na frente de compensação das emissões, a LATAM está trabalhando para identificar projetos sérios e coerentes de créditos de carbono para apoiar a manutenção de ecossistemas essenciais do Brasil, por meio do modelo da “floresta em pé”.
Até 2030, o Grupo LATAM quer incorporar até 5% de SAF produzido na América do Sul em suas operações. Por isso, apoia desde agosto de 2023 um estudo do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) em parceria com a Airbus para avaliar os impactos das iniciativas para a descarbonização da aviação na América Latina. O material deve apresentar análises sobre os diferentes cenários para a implantação até 2050 do SAF, além de explorar os caminhos relacionados ao hidrogênio de baixo carbono, captura direta de ar e bioenergia com captura e armazenamento de carbono. Os resultados finais do estudo do MIT devem ser apresentados em abril de 2024.
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Via: LATAM Brasil
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