A Lufthansa conseguiu entrar em um acordo com seus pilotos e evitou a segunda greve de seus tripulantes. Estava prevista uma nova greve de 48 horas que seria iniciada hoje (07), tanto para as operações de passageiros como de cargas.

Em um acordo selado na tarde de ontem (06), a Lufthansa e o sindicato dos pilotos fizeram um acordo para impedir uma nova greve com uma proposta inicial que deverá ser melhor elaborada nos próximos dias.

“Um pacote abrangente de questões monetárias e estruturais foi essencialmente acordado e aguarda elaboração nos próximos dias”, disse o sindicato.

“A demanda anterior por compensação automatizada da inflação foi substituída por uma demanda por um aumento salarial anual de 8,2% a partir de 2023 – além de um aumento de 5,5% este ano”, afirmou a Lufthansa.

Primeira greve cancelou mais de 800 voos

A companhia aérea precisou cancelar mais de 800 voos neste último final de semana, principalmente as bases de Frankfurt e Monique. Cerca de 130 mil passageiros foram afetados durante a primeira greve.

Foram dois dias de negociações, o sindicato dos pilotos decidiu prosseguir com a greve diante das tratativas não resolvidas com a companhia aérea em um primeiro momento. A Lufthansa teve dificuldades para remarcar todos os passageiros afetados, levando em consideração que os bilhetes haviam sido emitidos há bastante tempo.

Segundo a empresa aérea, foi oferecido um aumento básico de salário no valor de 900 euros, o que significa que os copilotos recebem salário básico de 18% e os comandantes mais antigos 5% em cima dos valores. 

A Lufthansa justificou a cautela em negociar salários maiores em razão ainda dos impactos da Covid-19 no caixa da empresa. Caso seguisse o pedido do sindicato seus custos com a folha salarial aumentariam 40% nos próximos dois anos, resultando em valores de 900 milhões de euros.

Com informações do Air Cargo Week