A Marinha do Brasil anunciou hoje (25) uma ação inédita do Comando da Força Aeronaval. Pela primeira vez a organização fez a retirada das asas de um seus jatos de ataque A-4 Skyhawk. Designados AF-1B em sua versão modernizada, os aviões são operados a partir de Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, onde foi realizada a atividade.
A aeronave em questão foi o AF-1B de matrícula N-1001, do 1° Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1), que passa por uma extensa manutenção de nível parque (Standard Depot Level Maintenance – SDLM) desde julho de 2022.
Como se observa nas imagens divulgadas pela Marinha, o Grupo Aéreo Naval de Manutenção utilizou um guincho tipo munck para separar a fuselagem das asas. O trabalho “se reveste de grande complexidade, especialmente pela quantidade de conexões hidráulicas e elétricas, sendo fundamental para permitir a inspeção estrutural de seu interior e dos parafusos de fixação na célula da aeronave”, explica a MB em nota, enfatizando que é a primeira vez que um de seus AF-1B tem as asas removidas.
A manutenção consiste na revisão total dos sistemas hidráulicos, mecânicos e eletrônicos, e do assento ejetável. Ao ser concluída, a aeronave poderá operar em segurança por 39 meses.
A-4 do Kuwait
Segundo levantamento do portal Aviação em Floripa, o esquadrão VF-1 Falcão possui seis A-4 em operação, dos 23 adquiridos junto ao Kuwait em 1998. Os jatos, amplamente utilizados na Guerra do Golfo, foram comprados para a reativação da aviação de asa fixa da Marinha, que estava limitada ao emprego de helicópteros. As aeronaves chegaram a operar a bordo do porta-aviões São Paulo, que hoje repousa no fundo do Oceano Atlântico.
Em 2009 a Embraer e a AEL Sistemas foram contratadas para modernizar sete aviões. A atualização contemplou a instalação de um radar multimodo ELTA 2032, computadores de missão, substituição de instrumentos analógicos por telas de LCD e controles HOTAS (mãos no manche e manete).
Um dos jatos modernizados foi perdido em um acidente em 2016, restando apenas seis em atividade. Outras quatro unidades estão preservadas, todas no Rio de Janeiro.
Com informações da Força Aeronaval/MB
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