A General Atomics Aeronautical Systems, Inc (GA-ASI), empresa líder no desenvolvimento de drones militares, anunciou o primeiro voo de sua nova aeronave, o XQ-67A Off-Board Sensing Station (OBSS). Projetado para o programa de mesma nome do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos Estados Unidos (AFRL), o XQ-67 fez seu primeiro voo no dia 28/02, a partir das instalações da companhia em Gray Butte, na Califórnia. 

No voo, a GA-ASI validou o conceito de “gênero/espécie” desenvolvido com o AFRL, como parte do programa Low-Cost Attritable Aircraft Platform Sharing (LCAAPS), focado na construção de diversas variantes de aeronaves a partir de um chassi de núcleo comum.

Através do LCAAPS, que gerou a necessidade do OBSS, a General Atomics e o AFRL buscam desenvolver uma plataforma básica , chamada de “gênero”, que servirá como “a arquitetura central fundamental” para a produção de novas aeronaves “espécies” com finalidades diferentes. 

“Isso fornece uma abordagem alternativa de aquisição para aeronaves militares que permite desenvolvimento mais rápido, custos mais baixos e mais oportunidades para atualização tecnológica frequente”, disse Trenton White, gerente do programa OBSS e engenheiro aeroespacial na Diretoria de Sistemas Aeroespaciais do AFRL. “O XQ-67A é a primeira “espécie” a ser projetada e construída a partir desta plataforma compartilhada. A demonstração de voo deste sistema é um primeiro passo importante para mostrar a capacidade de produzir massa de combate acessível.”

“OBSS é o primeiro tipo de aeronave construído e pilotado usando um chassi de núcleo comum desenvolvido pela GA-ASI que promove a uniformidade entre vários tipos de veículos”, disse o vice-presidente de programas avançados da GA-ASI, Michael Atwood.

O drone monomotor apresenta um desenho furtivo, com cauda em V, asas médias e entrada de ar dorsal. O XQ-67 é mais uma das abordagens dos Estados Unidos para o desenvolvimento de plataformas de construção e rápida e barata para conflitos do futuro, algo reforçado pelo próprio Laboratório da Força Aérea.

“Esta nova abordagem também responde ao desafio da competição entre grandes potências, acelerando a entrega de capacidades avançadas e acessíveis ao combatente.” Segundo o AFRL, o novo drone é o primeiro de uma segunda geração de plataformas colaborativas autônomas, ou ACP, seguindo outra aeronave similar, o XQ-58 Kratos. 

“Tudo isso faz parte de um plano maior e tem tudo a ver com essa massa acessível”, disse Doug Meador, líder de capacidade de plataforma colaborativa autônoma da Diretoria de Sistemas Aeroespaciais do AFRL. “Isso tem que ser feito de forma acessível e este programa – mesmo que no final haja uma aeronave da qual iremos aproveitar muito – o objetivo deste programa era a jornada de produção rápida e de baixo custo, tanto pois era o destino de uma aeronave de combate relevante.”

Via GA-ASI e AFRL