A Capitão Taylor Bye, uma piloto de A-10 Thunderbolt II, se tornou a primeira mulher a receber o Troféu Kolligian, um prestigiado prêmio dado pela Força Aérea dos EUA (USAF). A aviadora recebeu o troféu das mãos do comandante da USAF, General CQ Brown, Jr., na última quarta-feira (11) em uma cerimônia no Pentágono.
O prêmio existe desde 1957 e segundo USAF, “reconhece proezas notáveis de aeronáutica por tripulantes que, por habilidade extraordinária, estado de alerta excepcional, engenhosidade ou proficiência, evitaram acidentes ou minimizaram a gravidade dos acidentes em termos de ferimentos, perda de vidas, danos à aeronave ou propriedade.”
A Capitão recebeu o Troféu Kolligian ao lado da Major-General Jeannie Leavitt, chefe de segurança da Força Aérea e a primeira piloto de caça da USAF a voar missões de combate, pilotando um F-15E Strike Eagle.
No dia 07 de abril de 2020, a Capitão Bye do 75º Esquadrão de Caça da Base Aérea de Moody (estado americano da Geórgia), ao tentar disparar o canhão rotativo GAU-8/A Avenger em um treinamento no campo de tiro de Grand Bay, enfrentou uma falha que resultou no desprendimento da capota e diversos painéis da fuselagem do avião.
Mesmo com vários problemas, a piloto foi capaz de realizar um pouso de barriga, com danos mínimos à pista e à própria aeronave. Por suas ações bem-sucedidas, ela foi condecorada com o prêmio Air Combat Command Airmanship em 2021, e agora recebe o Troféu Kolligian.
“Sou grato todos os dias pelo profissionalismo, capacidade e competência de aviadores como a Capitão Taylor Bye”, disse Brown durante a apresentação. “O dia em que ela pousou com 66% do trem de pouso e vento no cabelo é algo que ela nunca esquecerá. Hoje, tive a honra de reconhecer seu desempenho exemplar.”
Segundo Businnes Insider, um incidente muito semelhante ocorreu em 2017. Quando o Major Brett DeVries, piloto do 107º Esquadrão de Caça, tentou disparar o canhão gatling do jato, uma explosão arrancou o canopy, painéis e danificou o trem de pouso do avião de ataque.
Ele conseguiu pousar o A-10 de barriga com danos mínimos à infraestrutura da base ao jato, recebendo a Distinguished Flying Cross em 06 novembro de 2020, meses depois do incidente com a Capitão Bye.
“Meu ala era minha fonte de normalidade”, descreveu Bye. “Nós treinamos para observar o jato de outra pessoa desde os primeiros estágios do voo de formação, então eu sabia que estava em boas mãos quando ele verificou as partes do meu jato que eu não conseguia ver do meu cockpit.”
“A certa altura, depois de um tempo na emergência, ele disse pelo rádio ‘você está fazendo um bom trabalho.’ Essa pequena declaração fez toda a diferença porque me lembrou que eu tinha uma equipe me ajudando.”
“Naquele momento, eu era apenas uma profissional treinada fazendo meu trabalho”, disse Bye. “Houve momentos em que tive tempo de ler a checklist e pensar logicamente no próximo passo.”
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