Pela primeira vez um Airbus A400M (Atlas C.1) da Royal Air Force (RAF) foi reabastecido durante um voo com destino à base de RAF Mount Pleasant, nas Ilhas Malvinas/Falklands. A aeronave de cara foi reabastecida por um Airbus A330 MRTT (Voyager KC.3).
O Atlas C.1 do 30 Squadron decolou da base de Brize Norton, no Reino Unido, para um longo voo até a Ilha de Ascensão, no meio do Atlântico. O destino final era Mount Pleasant, onde o A400 entregou peças para os caças Eurofighter Typhoon destacados nas ilhas. É comum que a RAF faça paradas no Brasil nesses voos, mas esse foi um caso diferente. O A400 fez um reabastecimento em voo (REVO) com um Voyager, que havia decolado antecipadamente do Complexo de Mount Pleasant.
A RAF mantém pelo menos um Voyager KC.3 nas Falklands, operado pela No. 1312 Flight, que presta apoio aos caças Typhoon FGR.4 da No. 1435 Flight, que tem por missão a defesa do arquipélago britânico. Esta unidade tem suas origens na Segunda Guerra Mundial e foi reativada após o fim do conflito com a Argentina em 1982.
“Foi um privilégio fantástico fazer parte desta missão; ser parte de qualquer ‘primeiro’ é um grande negócio e ser capaz de demonstrar o que podemos fazer com esta aeronave é o que importa”, conta o Squadron Leader Al Spence, piloto do A400 durante a primeira missão de REVO no Atlântico Sul.
O REVO é uma das manobras mais difíceis que os pilotos realizam e exige intensa concentração de ambas as tripulações. A operação exige que o piloto da aeronave receptora mantenha uma formação próxima com a aeronave-tanque durante a atividade enquanto o combustível é transferido pelo Operador de Sistemas de Missão, voando no Voyager.
“Foi um grande privilégio pilotar o Voyager no primeiro reabastecimento operacional de um Atlas, depois de encontrá-los com sucesso a cerca de 900 milhas náuticas a sudoeste da Ilha de Ascensão e 2600 milhas náuticas a nordeste de Mount Pleasant Airfield. A capacidade da Voyager de estender o alcance global de nossas aeronaves é notável”, relata o Flight Lieutenant James, piloto do Voyager KC.3
O Voyager, baseado no aeródromo de Mount Pleasant nas Falklands, é mantido por uma equipe de suporte de engenharia que garante que a aeronave esteja pronta para voar 365 dias por ano em algumas das condições mais desafiadoras enfrentadas em todo o mundo.
“Esta é a primeira vez que o Atlas é reabastecido operacionalmente e por qualquer membro da tripulação, o que proporcionou uma nova e emocionante oportunidade. Embora eu tenha reabastecido o Atlas no simulador, ele não tinha comparação com as pressões operacionais de estar sobre o mar com mais de 900 milhas náuticas da terra mais próxima. Como tripulação, transferimos mais de 20 toneladas de combustível ao Atlas”, diz o Sargento Juerschik, operador de sistemas no A330 MRTT/Voyager KC.3.
A conclusão bem-sucedida desta surtida aumenta a capacidade da Força de Mobilidade Aérea, baseada em Brize Norton, de entregar carga essencial exatamente onde ela precisa estar. O voo demonstrou um aumento da capacidade de entregar carga e pessoal para o Atlântico Sul quando necessário.
“A execução do reabastecimento ar-ar de longo alcance pelas equipes da linha de frente é um marco importante para a Atlas. A capacidade desta aeronave de operar a uma distância significativa do Reino Unido demonstra nossas capacidades de sustentação de força aprimoradas e resilientes. Este foi um esforço de toda a força que mostra o que podemos alcançar quando combinamos os pontos fortes de nossos ativos em toda a Força de Mobilidade Aérea. Estou orgulhoso e satisfeito em ver o 30 Squadron mais uma vez na vanguarda da mobilidade aérea verdadeiramente global”, conclui o Wing Commander Patton, comandante do 30 Squadron.
Via RAF
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