Rússia posterga cronograma de primeiro voo do novo caça Su-75

Sukhoi Su-75 Rússia
Foto: Divulgação

A Rússia fez uma nova modificação no projeto do caça Su-75 Checkmate, uma aeronave de combate furtiva leve que será o futuro vetor de defesa do país.

De acordo com Denis Manturov, vice-primeiro-ministro da Rússia, o primeiro voo do Su-75 agora será em 2024. Anteriormente os projetistas esperavam disponibilizar a primeira aeronave para esses testes em 2023.

Manturov também ressaltou que a UAC está produzindo componentes para os primeiros protótipos neste momento. A montagem final será iniciada em 2023, com foco em realizar os primeiros testes em voo a partir de 2024.

Mesmo com a alteração no cronograma a Rússia continua com o planejamento de certificar a aeronave de combate até 2027, prazo estipulado no início do projeto. Provavelmente o atraso no primeiro voo é devido às sanções impostas ao país, que estão afetando em alguns níveis a indústria local.

Su-75 Su-57 Rússia Stealth

Su-75 à frente, e Su-57, em uma comparação de tamanho.

O jato será uma contrapartida mais leve do Sukhoi Su-57 Felon, primeiro caça stealth da Rússia, cuja primeira unidade de produção foi entregue à força aérea do país em 25 de dezembro de 2020. O novo caça seria conceitualmente similar ao F-35 Lightning II dos EUA e o FC-31 chinês, também equipado com somente um motor, o mesmo Izdelie 30 do Su-57.

O caça poderá atingir Mach 1.8, terá uma carga útil de 7,4 toneladas e uma autonomia de 2900 quilômetros. Segundo o site da UAC, o Su-75 também poderá carregar canhões em seus compartimentos internos, para uso contra alvos em solo.

A aeronave é voltada para exportação e países como Argentina, Índia e Emirados Árabes já foram identificados como clientes em potencial. Segundo o governo russo, o caça deve competir no mercado com o F-35, Dassault Rafale e Saab Gripen E.

“Desde que o projeto foi apresentado na MAKS-2021, o feedback foi recebido de clientes em potencial. Também foi realizado um trabalho de otimização de custos e análise de soluções técnicas, o que possibilitou um aumento significativo da competitividade. O apelo comercial reduz os riscos técnicos do desenvolvimento de aeronaves monomotores domésticas”, disse Denis Manturov.

 

 

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