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Tripulação evita colisão em Schiphol após a liberação de duas decolagens na mesma pista

KLM Boeing 737-700

Os investigadores revelaram que uma tripulação da KLM Cityhopper abortou sua corrida de decolagem em Amsterdã, depois de ouvir a liberação de decolagem sendo concedida a outra aeronave à frente deles na mesma pista.

O Conselho de Segurança da Holanda disse que a decisão evitou uma colisão potencialmente séria, apontando que a tripulação já havia agido antes que um alarme de incursão na pista alertasse o controlador de tráfego aéreo sobre a situação.

Ele afirma que a tripulação do Cityhopper a bordo do Embraer E190, havia sido liberada para uma decolagem na pista 18C do aeroporto de Schiphol em 27 de julho de 2018.

Foto – KLM/Reprodução

Mas o inquérito acrescenta que um Boeing 737-800 da KLM estava se aproximando da pista a partir do cruzamento W4, localizado cerca de 1 km além da cabeceira.

A tripulação do 737 ouviu a liberação de decolagem do avião da Embraer e parou além da linha de espera curta, informando ao controlador que eles estavam “na pista” – quando o controlador liberou o 737 para decolagem na mesma pista.

Diagrama de Schiphol
Imagem: Conselho de Segurança Holandês

Embora os pilotos do Embraer tenham iniciado a decolagem depois de ver que o 737 não entrou na pista, eles abortaram depois de ouvir a liberação da torre.

O Embraer passou o 737, posicionado nos limites do cruzamento e da pista – a uma velocidade de 85kt (157 km/h) e a uma distância de cerca de 19 metros (62ft).

Pouco depois, segundo o inquérito, o controle da torre recebeu um alerta de incursão na pista e cancelou a partida da Embraer.

Mas a investigação afirma que o alerta “não foi uma barreira de segurança efetiva” durante o evento, porque só foi ativado depois que a tripulação do Embraer já havia agido por iniciativa própria. Mais eficaz, diz ele, foram as duas equipes usando a mesma frequência de rádio para se comunicar.

O inquérito aponta que o uso do W4 para partidas de cruzamento traz riscos, porque serve como uma saída de alta velocidade e se conecta obliquamente à pista, e não perpendicularmente, o que limita a visão do tráfego das tripulações já na pista e se aproximando do cruzamento.

Tais práticas são “desencorajadas internacionalmente”, afirma.

Os investigadores também apontam que a pista 18C é usada com menos frequência do que outras pistas para decolagem e tem designações diferentes para saídas e rotas de partida. O uso da pista em combinação com outras aumenta a complexidade dos controladores de tráfego aéreo.

Ninguém a bordo de qualquer aeronave (PH-EXV e PH-BXI) ficou ferido durante o incidente.

 

Via – FlightGlobal

 

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