A Embraer está agradando os investidores com seus novos produtos para esta década. Após anunciar vários detalhes do seu novo turboélice, e fechar contratos em vários países para fornecer seu eVTOL, as ações acumulam alta em poucos dias de operações.
Apesar da queda acumulada superior a 2% nesta terça-feira (28), as ações (EMBR3) acumulavam alta de 9,26% até o fechamento de ontem (27).
Colaborou também para esta alta um relatório emitido pela Goldman Sachs na última quinta-feira (23), elogiando o desempenho operacional e destacando a melhora significativa, apesar do menor volume de voos atualmente.
Além disso, a Embraer no meio tempo anunciou uma parceria com a Bristow Group, para vender mais 100 aviões elétricos do tipo eVTOL. O projeto da Embraer já apresenta mais de 500 compromissos, e está sendo desenvolvido utilizando o Know How de todo o grupo.
As primeiras entregas devem ser realizadas até 2026, quando a Embraer deverá lançar e começar as entregas do seu eVTOL.
Em um relatório de mercado, analistas do Goldman Sachs disseram que o negócio eVTOL da subsidiária Eve ainda não foi cotado nas ações da Embraer, dadas as capitalizações de mercado de outras empresas eVTOL de capital aberto.
O Goldman Sachs também destacou que:
- A Embraer não tem concorrentes no mercado regional. Atualmente a empresa tem 90% de abrangência do mercado, ao comercializar aviões agrícolas, executivos, militares e regionais;
- Possibilidade de crescimento do Ebitda em curto prazo;
- Desempenho operacional positivo, com destaque pra geração de caixa da empresa e as boas margens de Ebitda e Ebit.
Na mesma semana a Eve, da Embraer, também anunciou uma parceria com a Helipass. Vale ressaltar que a empresa já é considerada uma referência no mercado de eVTOLs devido ao número de compromissos.
Novo Turboélice
Foto: Embraer
As apostas da Embraer para seu novo turboélice ganham mais tração a cada semana. O projeto ainda não foi lançado oficialmente, apesar das projeções realizadas pela empresa, contudo, nesta última segunda-feira (27) o turboélice foi apresentado como uma “solução” para a diminuição da emissão de carbono pelas companhias aéreas dos EUA.
Com foco em substituir os aviões ERJ com um novo turboélice que pode ter capacidade entre 50 e 90 assentos, o projeto foi apresentado para executivos de algumas companhias aéreas.
Os executivos das companhias aéreas concordaram com a renovação da frota, porém, alguns não comentaram sobre o projeto da Embraer.
A expectativa é de que a nova aeronave possa ser lançada ao mercado em 2022, dependendo das condições do cenário da aviação.
Na projeção acima podemos ver como a Embraer aposta em um design refinado, derivado dos E-Jets de 2ª geração, para conseguir uma significativa economia de combustível em relação aos concorrentes, mesmo que a opção seja para a propulsão convencional já existente no mercado.
Em outra (imagem acima), mostrada na apresentação aos executivos dos Estados Unidos, a Embraer mostra os motores instalados na cauda.
Durante a apresentação do novo projeto, Luis Carlos Affonso que é Vice-Presidente Sênior de Engenharia disse que o novo conceito de motores instalados na cauda irão permitir um voo mais silencioso, proporcionando uma semelhança com aviões com motores a jato tornando a viagem mais confortável.
Bryan Bedford que é CEO da Republic Airways, disse que o novo projeto da Embraer é ‘interessante’, analisando que aeronaves com motores turboélices tendem a ser mais econômicas do que os jatos em determinados mercados.
O executivo disse ainda que o novo motor com “arquitetura propfan”, ou de turbopropulsores com “caixas de redução” por exemplo, poderão melhorar a eficiência operacional da aeronave e consequentemente reduzindo seus custos operacionais.
Com 224 aviões da Embraer na sua frota, Bedford é um dos que apoia e defende incentivos fiscais para as empresas que utilizarem mais o Biocombustível de Aviação.
A meta é criar uma aeronave de menor emissão de CO2 para voos de curta distância, e superar os concorrentes, como a ATR com um produto que fornece 20% menor queima de combustível.
A Embraer espera uma perspectiva de demanda para 1000 novos aviões neste mercado de 70 a 100 assentos nos próximos 10 anos, mesmo que o novo turboélice esteja disponível apenas após 2027.
Outro turboélice da Embraer: Os motores híbridos no STOUT
Em uma apresentação no Dia do Aviador, a FAB deixou “escapar” a informação sobre o desenvolvimento de um novo avião para substituir os Embraer EMB-120 Brasília, trata-se do STOUT.
O segundo turboélice que a Embraer está estudando já incorpora o desenvolvimento inédito no Brasil de uma propulsão híbrida, de motores a combustão e elétricos.
A Embraer falou pouco sobre o projeto, mas Gomes Neto dá a entender que os detalhes virão. “Esperamos ter notícias concretas sobre o contrato [de desenvolvimento] … até o segundo trimestre do próximo ano”, disse ele. “Está indo muito bem.”
“Só agora estamos esperando um contrato para acelerar o desenvolvimento”, disse Gomes Neto, que falou sobre uma possível demanda para aviões civis. “Acho que o conceito está pronto … É uma bela aeronave.”
Entre as características do STOUT estão:
- O futuro STOUT (nome da aeronave em desenvolvimento) tem as dimensões equivalentes ao do C-97 Brasília;
- Propulsão híbrida;
- Alcance de 2.425 Km;
- Veloz e capacidade de operação em pistas curtas e não pavimentadas;
- Porta traseira para transporte de cargas e descargas com pallets, bem como transporte de veículos;
- Lançamento de paraquedistas (24) e transporte de 30 soldados;
- Possível conversam para transporte VIP;
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