A Força Aérea da Venezuela (Aviación Militar Bolivariana – AMB) pintou algumas de suas aeronaves de combate com esquemas especiais. As pinturas aplicadas em caças Su-30 e F-16, jatos de ataque K-8 e um cargueiro C-130 reivindicam a região de Essequibo, na Guiana, como sendo território venezuelano.

Esse é mais um capítulo das crescentes tensões na região, desde que o ditador Nicolás Maduro voltou a reclamar o território da Guiana. O governo em Caracas organizou um referendo popular a ser realizado amanhã (03), onde cerca de 21 milhões de venezuelanos responderão a cinco perguntas, a última das quais se refere a anexação de parte do território guianense para se tornar um novo estado da Venezuela, chamado Guayana Esequiba.

5 Venezuelan military aviation Su-30s took part in aerial photos including new Esequibo tail art, the C-130 transport aircraft has also been painted with similar tail art. #Venezuela pic.twitter.com/Yfiz4jjle9

— CNW (@ConflictsW) November 30, 2023

Un rancho en la cabeza pic.twitter.com/G2dhpBbipy

— 𝘼𝙧𝙧𝙚𝙘𝙝𝙤 (@Arr3ch0) November 30, 2023

Para inflamar ainda mais o apoio popular, a AMB pintou algumas de suas aeronaves pela campanha por Essequibo. As pinturas coloridas, aplicadas nas caudas das aeronaves, trazem frases como “Venezuela toda”, como visto no Sukhoi Su-30 MKV, e “El esequibo es nuestro”, como no esquema aplicado na enorme cauda do C-130. 

No caso dos Su-30, avião de caça mais potente da AMB, a pintura ainda foi vista em um voo com outras quatro aeronaves, uma clara demonstração de força em um contexto que levanta tensões na América do Sul. 

Nos últimos dias as forças armadas venezuelanas moveram uma série de tropas para a região que faz fronteira com o extremo norte do Brasil, em Roraima.

Uma eventual operação militar contra a Guiana poderia envolver a passagem de tropas venezuelanas por dentro do território brasileiro. Assim, é provável que o Exército Brasileiro e as demais forças armadas já estejam em um estado de alerta maior, frente à situação. Falando à CNN, o ministro da Defesa José Múcio disse que Brasília está observando a situação, com a possibilidade do trânsito de tropas de Caracas por dentro de território brasileiro.