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12ª ALTA Pan American Aviation Safety & Ops Summit destacou os padrões de segurança operacional do Chile

ALTA Safety Chile Aviation

“Estamos no Chile, onde a aviação comercial – acima de 5.700 kg – não sofre um acidente com fatalidades há 32 anos, mantendo uma média de 0 acidentes por milhão de decolagens no período 2018 – 2022” , destacou José Ricardo Botelho, diretor executivo e CEO da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) durante o discurso de abertura da 12ª ALTA Pan American Aviation Safety & Ops Summit, conferência realizada pela primeira vez no Chile.

A cerimônia de abertura contou com a presença de Víctor Barrueto, subsecretário de defesa do Chile; Raúl Jorquera, diretor geral de aeronáutica civil; embaixador Felipe Cousiño, representante do ministro da Relações Exteriores do Chile; Boris Olguín, diretor nacional da diretoria de aeroportos,  representando o ministro de Obras Públicas  do Chile; e Martin Mackenna, secretário geral da Junta de Aeronáutica Civil, acompanhados por representantes das diretorias de aviação civil das Bahamas, Brasil, Cuba, Honduras, Guatemala e Uruguai, representantes da ICAO, FAA, IATA, Flight Safety Foundation, AFRAA, EASA, entre outras organizações do setor.

O General de Aviação Raúl Jorquera destacou o espaço aéreo do Chile, que chega a 32 milhões de quilômetros quadrados e possui uma extensa rede aeroportuária, de Arica à Antártica, incluindo os territórios insulares.

“O sistema aeronáutico chileno cresceu consideravelmente nos últimos anos, o que nos deixa satisfeitos, mas ao mesmo tempo nos compromete a continuar oferecendo a todos os usuários nacionais, da América Latina e Caribe e do mundo, os mais altos padrões de segurança operacional”, afirmou.

Já o diretor nacional dos aeroportos, Boris Olguín, enfatizou o trabalho de quem faz parte da aeronáutica civil no país e partilhou alguns planos da instituição.

“O país precisa de um planejamento de infraestrutura muito específico para continuar com estes elevados padrões em termos de segurança. Essa é a nossa contribuição enquanto gestão aeroportuária, focar no desenvolvimento do plano de gestão aeroportuária, no seu crescimento e em todo o trabalho operacional”.

“É muito importante mostrar o que o Chile faz e poder compartilhar com outros países da região as boas práticas que são muito importantes para manter o alto padrão de segurança que temos”, acrescentou o embaixador Cousiño.

O papel do Ministério da Defesa nas questões de segurança foi ressaltado pelo subsecretário Barrueto.

“É uma honra para o Chile sediar um evento desta dimensão, e para tanto levei em consideração a importância e a amplitude da ALTA. Eu acredito que o grande slogan é como tornar essa indústria que já é segura, ainda mais segura. Estamos muito felizes em participar do debate”, frisou.

O CEO da ALTA agradeceu a presença dos congressistas, que compartilham a missão de promover uma cultura de segurança na aviação.

“A cultura de segurança vai além do desenvolvimento de infraestrutura, regulamentação ou implementação de novas tecnologias. Trata-se de trabalhar com pessoas – membros da indústria e passageiros – para tornar cada voo seguro. Estamos em um momento chave de transformação na forma como gerenciamos a segurança. Passamos de um formato reativo para muitas iniciativas proativas que melhoraram substancialmente os níveis de segurança e que hoje nos permitem ser uma região sem vítimas mortais”, disse Botelho.

 

As pessoas são o centro da cultura de segurança

Estuardo Ortiz, CEO da JetSMART Airlines, que reforçou que uma operação segura é o resultado de uma cultura de segurança ao nível dos colaboradores, fornecedores e toda a comunidade aeronáutica.

“Em termos de segurança, não somos concorrentes, somos todos colaboradores com um objetivo comum. Na JetSMART Airlines, estamos comprometidos em oferecer viagens acessíveis em toda a América do Sul, sempre mantendo os mais altos padrões de segurança, qualidade e voo, graças aos nossos parceiros, reguladores e fornecedores que fazem todo o possível para manter uma indústria de aviação mais segura. Espero que no futuro possamos chegar à homologação completa do regulamento a nível regional de forma a tornar a operação mais simples, eficiente e segura”.

Por sua vez, José Ignacio Dougnac, CEO da Sky Airline, acredita que ter uma cultura de segurança implica que os funcionários se perguntem qual é o impacto de suas ações e decisões em relação à segurança, sempre que tomam uma decisão ou realizam um procedimento.

“Isso deve acontecer para termos uma cultura de segurança que nos leve a superar os padrões que existem hoje”, destacou, afirmando que a empresa está focada em identificar previamente qualquer tipo de ação que possa incorrer em algum tipo de risco de segurança.

“Embora tenhamos percorrido um longo caminho, ainda temos muitas oportunidades de avançar”, enfatizou.

O COO da Latam Airlines, Hernan Pasman, afirmou que analisar o que se faz bem, e focar em reforçar isso, é essencial para continuar aumentando a segurança na região. “Acidentes não acontecem até acontecerem, daí a importância da segurança operacional”, concluiu.

Para o secretário Mackenna, o debate foi muito relevante. “Ouvir o que os CEOs das companhias aéreas têm a dizer é fundamental. Sabemos que eles priorizam a segurança, mas é muito importante que isso seja transmitido, que seja comunicado.  O comprometimento com toda a região, não só dos operadores mas também das autoridades, é necessário para manter a segurança como pilar fundamental para o desenvolvimento da aviação”.

A troca de experiências, boas práticas e ideias é a essência deste encontro anual organizado pela ALTA, que busca reunir todo o ecossistema da indústria aeronáutica em um único diálogo para desenvolver iniciativas que elevem ainda mais os padrões de segurança operacional na América Latina e no Caribe.

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Via: ALTA

 

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