A Boeing divulgou hoje (18/07) um impacto nos seus lucros no 2º trimestre de 2019, devido aos aviões 737 MAX que estão paralisados.
Esse impacto deverá descontar US$ 4,9 bilhões do lucro da empresa no 2º trimestre. A provisão resulta da redução de 5,6 bilhões de dólares na receita e nos lucros antes dos impostos no trimestre
“Estamos tomando as medidas apropriadas para administrar nossa liquidez e aumentar nossa flexibilidade de balanço da melhor maneira possível enquanto estamos trabalhando com esses desafios”, disse o diretor financeiro da Boeing, Greg Smith.
O impacto financeiro é por não conseguir entregar aeronaves 737 MAX durante os 3 meses do trimestre, logicamente a fabricante diminui sua receita, por não receber pela aeronaves a qual está fabricando, e estocando em suas diversas unidades.
A Boeing também disse que os custos estimados para a produção de sua principal aeronave de corredor único aumentaram em 1,7 bilhão de dólares no trimestre, impulsionados principalmente pelos custos mais altos de uma redução maior do que a esperada em sua taxa de produção de aeronaves.
A Boeing reduziu o número de aviões de corredor único produzidos mensalmente na região de Seattle de 52 para 42, após o segundo acidente na Etiópia, e suspendeu as entregas das aeronaves a companhias aéreas desde março desde ano.
“Este é um momento decisivo para a Boeing”, disse o diretor-executivo Dennis Muilenburg ao anunciar o impacto financeiro. “O aterramento do 737 MAX apresenta ventos contrários significativos e o impacto financeiro reconhecido neste trimestre reflete os desafios atuais e ajuda a enfrentar futuros riscos financeiros.”
O diretor financeiro da empresa, Greg Smith, disse que a Boeing está “tomando as medidas apropriadas para administrar a liquidez e aumentar a flexibilidade de balanço da melhor forma possível, enquanto estamos trabalhando com esses desafios”.
Para Greg Smith, isso significa que a Boeing conseguirá suprir temporariamente esse “vácuo” do 737 MAX devido ao sólido portifólio, com vários produtos. Vale ressaltar que a Boeing conseguiu aumentar a produção mensal do Boeing 787 Dreamliner, de 12 aviões por mês para 14.
O impacto também é causado pelo pagamento de indenizações e ajuda aos familiares envolvidos no acidente, e contabiliza o ressarcimento financeiro aos clientes, por manter as aeronaves 737 MAX paradas.
A Boeing divulgou o impacto financeiro antes de divulgar os resultados do segundo trimestre, marcados para 24 de julho.
A empresa está trabalhando com a suposição de que os reguladores vão certificar novamente a aeronave no 4º trimestre de 2019, embora o prazo permaneça incerto.
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