Na última semana o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) voltou a realizar uma votação envolvendo tripulantes da TAP, após a empresa apresentar uma proposta de trabalho em dias de folga.
De acordo com o SPAC, a TAP estava propondo aos pilotos uma remuneração adicional para que estes trabalhem em dias de folga, férias remuneradas ou feriados, em incrementos de 25%, 50% e 100% a hora trabalhada, respectivamente. A proposta foi realizada para evitar um cancelamento de voos por falta de mão de obra durante a alta temporada, assim como possibilitar a expansão da oferta.
“Uma vez mais, ficou absolutamente claro que os pilotos não pretendem abdicar de folgas ou tempo livre, essenciais ao equilíbrio entre as exigências da profissão e a vida pessoal, a troco do que lhes foi subtraído com pressupostos que hoje não se verificam”, declarou o SPAC à Agência Lusa.
Mesmo com o grande incremento, na última quinta-feira (02/06) os 875 tripulantes decidiram rejeitar a proposta da TAP, com 87% de votos contra.
Os pilotos da companhia portuguesa ainda ressaltaram que a TAP está cortando adicionalmente 20% dos seus salários, em um acordo realizado durante a pandemia, e que propôs no último mês (maio) a restauração do pagamento da remuneração sem esse corte, e em contrapartida os pilotos e comissários deveriam aceitar uma flexibilização de folgas. Os tripulantes também rejeitaram a proposta.
Anteriormente, em abril, a presidente-executiva da TAP, Ourmières-Widener, disse que a companhia vai contratar cerca de 250 comissários para reforçar o quadro de tripulantes no verão europeu, época de grande volume de viagens no continente. A contratação teria um custo extra de 8 milhões de euros mensalmente para a companhia, declarou o SPAC, indo contra a decisão da executiva.
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