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Acionistas da Lufthansa aprovam resgate financeiro de 9 bilhões de euros

Os acionistas da Lufthansa aprovaram um resgate financeiro de € 9 bilhões (US$ 10,1 bilhões) do Fundo de Estabilização Econômica da Alemanha (FSM) em uma assembléia geral extraordinária, realizada nesta quinta-feira (25/06).

A votação a favor do pacote financeiro era esperada depois que o maior acionista da companhia, Heinz-Hermann Thiele, indicou que apoiaria o acordo.

De acordo com o plano financeiro, o FSM fará contribuições de capital silenciosas de até 5,7 bilhões de euros e terá uma participação de 20% na companhia aérea através de um aumento de capital. O pacote será complementado por um empréstimo garantido pelo Estado de até € 3 bilhões com a participação do Banco Estatal KfW e de bancos privados.

Na manhã de hoje a Comissão Europeia aprovou e permitiu uma injeção de 6 bilhões de euros na companhia alemã e um empréstimo 3 bilhões de euros, com garantia do estado na negociação com bancos privados. Essa foi a luz verde para a aprovação dos acionistas.

O presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, diz: “A decisão de nossos acionistas fornece à Lufthansa uma perspectiva para um futuro de sucesso. Em nome de nossos 138000 funcionários, gostaria de agradecer ao governo federal alemão e aos governos de nossos outros países de origem por sua disposição em nos estabilizar. Nós da Lufthansa estamos cientes de nossa responsabilidade de devolver os 9 bilhões de euros aos contribuintes o mais rápido possível.”

A empresa acrescenta uma decisão sobre a aprovação das medidas de estabilização nos outros mercados domésticos das transportadoras do Grupo Lufthansa que serão tomadas “em um futuro próximo”.

Mais cedo a Lufthansa também aprovou outro acordo, agora evitando uma demissão em massa de comissários(as) de bordo.

O acordo que evita demissões foi fechado entre a companhia, juntamente com seus tripulantes de cabine e o sindicato UFO.

No acordo realizado pela Lufthansa os tripulantes precisaram ceder em alguns pontos, por exemplo, não haverá aumentos salariais nos próximos dois anos, além disso, os tripulantes devem ter os seus salários reduzidos, visto quem vão receber de acordo com as horas não trabalhadas.

A Lufthansa também planeja lançar programas de licenças não remuneradas e demissões voluntárias, para enxugar o seu quadro de trabalhadores, que tem um excedente de 22000 funcionários neste momento.

Outros tripulantes também podem optar pela aposentadoria, como forma de sair da empresa com remuneração.

A companhia alemã, em contrapartida, se comprometeu a não demitir nenhum tripulante de cabine até 2023. Como parte do acordo, a Lufthansa tentaria economizar meio bilhão de euros em custos de tripulação de cabine até 2023, para a sua recuperação.

“Esse acordo é um sinal importante para os nossos colaboradores, para os nossos acionistas e para a assembleia-geral extraordinária de amanhã. Dessa forma, queremos evitar redundâncias operacionais na cabine da Lufthansa”, disse Michael Niggemann, executivo-chefe de Recursos Humanos na Lufthansa.

 

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

Tags: crise, financeiro, Lufthansa