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Após 57 anos de operação, Nova Zelândia aposenta seus P-3 Orion

Aeronaves de patrulha marítima P-3K2 Orion acumularam quase 150 mil horas de voo em serviço com a Nova Zelândia. Foto: RNZAF.

O fim do mês de janeiro marcou, também, o fechamento de um longo capítulo na história da Força Aérea Real da Nova Zelândia (RNZAF). Após 57 anos de operação e quase 150 mil horas de voo, o país deu baixa nos seus aviões de patrulha marítima P-3 Orion. 

As primeiras cinco aeronaves, originalmente designadas P-3B, chegaram ao país em 1966, com mais um avião sendo adquirido em 1985, junto à vizinha Austrália. Desde então o P-3 foi um dos vetores mais importantes da RNZAF, que celebrou a aposentadoria dos veteranos turboélices com uma série de sobrevoos e passagens baixas no dia 26 de janeiro. 

Aeronaves P-3 Orion dos EUA, Austrália e Nova Zelândia ao lado de caças Mirage III da Austrália durante o exercício Sandgroper 1982. Foto: US DoD.
Aeronaves P-3 Orion dos EUA, Austrália e Nova Zelândia ao lado de caças Mirage III da Austrália durante o exercício Sandgroper 1982. Foto: US DoD.

Em formação, três P-3K2, como os aviões foram designados após uma modernização extensa, passaram por pontos importantes do país, como Tauranga, Napier, Ohakea, Great Barrier Island, a capital Wellington e a maior cidade neozelandesa, Auckland.

Ao longo dos quase 60 anos de serviço, os P-3 acumularam 147.978,2 horas de voo, atuando nas mais diversas situações, algumas das quais foram marcos operacionais, como as buscas pelo voo MH370 e o reconhecimento aéreo da erupção do vulcão Hunga Tonga Hunga-Ha’apai. Também era comum a presença dos P-3K2 em missões de busca e salvamento, ajuda humanitária, socorro em desastres, combate ao narcotráfico e suporte de operações especiais. 

Três aeronaves P-3 Orion em formação sobrevoaram o país para celebrar baixa operacional. Foto: RNZAF.
Três aeronaves P-3 Orion em formação sobrevoaram o país para celebrar baixa operacional. Foto: RNZAF.

“Este é um momento amargo para nós, onde temos que nos despedir de um velho amigo fiel que cuidou não apenas de nossas tripulações por quase 60 anos, mas de toda a Nova Zelândia e de nossos amigos e vizinhos no Pacífico”, diz o Comandante de Ala Glen Donaldson, comandante do 5 Squadron da RNZAF, unidade que operou os P-3 desde sua chegada ao país.

“Aquele som salva-vidas de um P-3 acima, ouvido por muitos, desaparecerá. Mas para todas as pessoas que tiveram algum tipo de interação com a aeronave, ela sempre estará em nossos corações e memórias”, completa o oficial. 

P-3K2 Orion da Força Aérea Real da Nova Zelândia. Foto: RNZAF.
Foto: RNZAF.

A baixa dos aviões estava prevista apenas para meados de 2023, mas foi antecipada por razões orçamentárias. A Nova Zelândia está substituindo seus seis lendários P-3K2 por quatro Boeing P-8 Poseidon, modelo considerado um “sucessor natural” do patrulheiro marítimo da Lockheed. O primeiro P-8 chegou ao país em dezembro

Com informações de NZDF

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Nova Zelândia, P-3 Orion, usaexport