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“Asas do Bem”: Em oito anos, aviação transportou gratuitamente 57 mil órgãos e itens para transplantes

A renovação do acordo de transporte gratuito de órgãos e itens para transplantes, assinada esta semana (dia 20) entre a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), aeroportos, Ministério da Saúde, Ministério da Infraestrutura, Força Aérea Brasileira (FAB) e Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) coroa oito anos de intensa cooperação entre a aviação nacional e um dos maiores programas de transplantes de órgãos do mundo, integrante do Sistema Único de Saúde (SUS).

Essas atividades tiveram início em 2001, quando as empresas reunidas no Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) firmaram termo de cooperação com o Ministério da Saúde. Em 2014, a ABEAR lançava o Programa Asas do Bem, com dois objetivos: divulgar a importância da doação de órgãos e ampliar o transporte gratuito desses itens por suas associadas. Dados da Central Nacional de Transplantes (CNT) revelam que de 2014 a setembro de 2022 foram transportados cerca de 57 mil órgãos.

O acordo prevê o transporte de órgãos, equipes, itens e tecidos de forma gratuita por parte das empresas aéreas. O esforço inclui atualmente, além da ABEAR e de suas associadas, outras companhias aéreas, o Ministério da Saúde (por meio da CNT), o Ministério da Infraestrutura (Secretaria Nacional de Aviação Civil – SAC), o Comando da Aeronáutica (Força Aérea Brasileira – FAB, Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA, e Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea – CGNA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Infraero, aeroportos concessionados e a Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (ANEAA).

Em 2018, lançamos a “Jornada Asas do Bem”, uma série de palestras presenciais e online para destacar a importância da doação de órgãos e a contribuição da aviação para viabilizar os transplantes. As apresentações foram realizadas pelo publicitário Alexandre Barroso, três vezes transplantado, e percorreram 15 estados e o Distrito Federal, reunindo milhares de pessoas em eventos promovidos por hospitais, centrais de transplantes, companhias aéreas e iniciativas sociais. Em 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, realizamos lives com profissionais de saúde para promover o tema no Instagram e no YouTube.

A contribuição das associadas ABEAR para ações sociais e humanitárias vai além do Asas do Bem. Importante lembrar que no auge da pandemia, em abril de 2020, a operação aérea foi reduzida a apenas 7% do total de decolagens no período pré-crise. Ainda assim mantivemos o país conectado para garantir o transporte gratuito de órgãos para transplante. Embarcamos 8,5 mil profissionais da saúde para combater a Covid-19, mais de 660 toneladas de alimentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e respiradores foram levados para as frentes de combate à pandemia, sem qualquer custo. Também repatriamos 42 mil brasileiros que não tinham como voltar ao Brasil por causa do fechamento de fronteiras e já transportamos 315 milhões de vacinas pelo país. À exceção de São Paulo, onde trafegaram diretamente por vias terrestres, todas as pessoas que tomaram a vacina em outros estados o fizeram graças ao transporte aéreo.

Na foto, Eduardo Sanovicz, Presidente da ABEAR.

Neste ano, também celebramos 10 anos de história da ABEAR, promovendo os valores da aviação, criando cultura de diálogo e relações de confiança com interlocutores públicos e privados seguindo rigorosamente regras de compliance, demonstrando ao país que essa indústria tem um conjunto enorme de profissionais de extrema qualidade e uma pauta a defender perante a sociedade no sentido de fazer a aviação um modal cada vez mais presente no cotidiano de cada um. Hoje, é impossível debater qualquer tema relacionado à aviação sem pensar na ABEAR e em formas de atuação coletiva e coordenada junto a uma imensa gama de entidades e organizações parceiras.

Sempre vale lembrar nesta marca de 10 anos que em 2002 tínhamos uma tarifa média ao redor de 900 reais por bilhete e cerca de 30 milhões de passageiros voavam por ano no Brasil. Após a implementação da liberdade tarifária na aviação, em 2012 a tarifa tinha caído para algo ao redor de 470 reais e voavam cerca de 100 milhões de passageiros por ano. Enfrentar a alta dos custos estruturais que vivemos continuamente desde 2017, principalmente em combustível e câmbio, continuar avançando no alinhamento das nossas regras de trabalho e do nosso ambiente tributário ao mercado internacional e retomar a capacidade de consumo dos brasileiros são o caminho para retomar aquele ambiente, para que possamos transportar cada vez mais passageiros para mais destinos e abrir caminho para alcançarmos a marca de 200 milhões de pessoas transportadas por ano.

 

Artigo por: Eduardo Sanovicz
Presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR)

 

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