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Boeing seleciona nova APU para o bombardeiro B-52

Em mais um passo para a atualização do bombardeiro B-52, utilizado pela Força Aérea dos Estados Unidos, a Boeing definiu que uma unidade de energia auxiliar (APU) fabricada pela Honeywell.

A APU selecionada é do modelo GTCP 36-150, e será integrada ao novo sistema de energia elétrica da aeronave, bem como aos novos motores da Rolls-Royce para comandar uma partida pneumática.

Atualmente o B-52 não é capaz de dar partida nos motores TF-33 através da APU, normalmente uma unidade externa é utilizada (LPU), ou através do arcaico sistema Cart Start, de cartuchos de pólvora que se explodem, como no vídeo abaixo.

“O B-52 é uma das aeronaves da USAF mais duradouras, garantindo a prontidão da força contra ameaças emergentes”, disse Dave Marinick, presidente da divisão de motores e sistemas de potência da Honeywell Aerospace. “Estamos confiantes de que nosso comprovado APU 36-150 excederá as expectativas da USAF durante todo o contrato CERP e subsequente serviço de esquadrão ativo B-52 que durará até pelo menos 2050.”

A Força Aérea dos EUA (USAF) conta com 72 bombardeiros B-52H, todos equipados com oito motores Pratt & Whitney TF33, versão militar do JT3D usado no 707. A fabricação dos motores encerrou em 1985 e, conforme estudos da USAF, não terão mais condições de manutenção a partir de 2030. 

Por este motivo, e também para expandir a capacidade operacional dos bombardeiros até 2050, o B-52 está passando por uma grande modernização.

Há um ano a Rolls Royce foi selecionada para fornecer 608 motores F130, superando as ofertas da Pratt & Whitney e General Electric.

Trata-se de uma versão militar do BR700 usado em jatos executivos como o Bombardier Global Express e Gulfstream G650. Os motores serão fabricados pela Rolls Royce, enquanto a integração ao jato será realizada pela Boeing. Os Rolls Royce F130 darão ao B-52 mais eficiência, facilidade de manutenção e menos dependência de aviões-tanque.

Rolls Royce F130
Rolls Royce/Divulgação.

Os novos motores turbofan são maiores que os TF33 atuais, o que levou ao desenho de novas naceles, fabricadas pela Spirit AeroSystems. Segundo o engenheiro de aerodinâmica Mike Seltman, as naceles maiores estão mais próximas da asa. Isso, ele diz, “traz aspectos interessantes em termos de controlabilidade, por isso estamos fazendo o teste do túnel de vento: para garantir que temos tudo isso abordado.”

A USAF espera ter seus primeiros B-52 com novos motores até 2027, com vistas para obter a Capacidade Operacional Inicial em 2030. Além dos F130, os bombardeiros ainda receberão uma nova suíte de guerra eletrônica, radar AESA APG-79 (o mesmo do F/A-18 Super Hornet), modificações nos aviônicos e até na configuração de tripulantes. Com uma modernização tão extensa, os aviões terão um outro nome: B-52J ou B-52K. 

 

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