A Boeing completou recentemente os testes em túnel de vento das naceles dos novos motores para o bombardeiro B-52 Stratofortress. A avaliação faz parte do processo de substituição dos antigos motores TF33 para os Rolls Royce F130 mais novos.
Para os testes, a companhia usou modelos similares aos que os engenheiros usaram nos anos 1950, quando o avião surgiu. Mesmo com tanta idade, o B-52 passará por uma série de modernizações para mantê-lo voando além de 2050, década em que completará 100 anos desde seu primeiro voo.
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The #B52 Commercial Engine Replacement Program completed wind tunnel testing using similar models used by engineers in the 1950s to collect data for future flight tests. This ensures the new engines will work as expected. pic.twitter.com/33JYrx7jbD
— Boeing Defense (@BoeingDefense) September 20, 2022
A Força Aérea dos EUA (USAF) conta com 72 bombardeiros B-52H, todos equipados com oito motores Pratt & Whitney TF33, versão militar do JT3D usado no 707. A fabricação dos motores encerrou em 1985 e, conforme estudos da USAF, não terão mais condições de manutenção a partir de 2030.
Dessa forma foi lançado o Programa de Substituição Comercial de Motores do B-52, um dos principais aspectos de sua atualização. Há um ano a Rolls Royce foi selecionada para fornecer 608 motores F130, superando as ofertas da Pratt & Whitney e General Electric.
Trata-se de uma versão militar do BR700 usado em jatos executivos como o Bombardier Global Express e Gulfstream G650. Os motores serão fabricados pela Rolls Royce, enquanto a integração ao jato será realizada pela Boeing. Os Rolls Royce F130 darão ao B-52 mais eficiência, facilidade de manutenção e menos dependência de aviões-tanque.
Os novos motores turbofan são maiores que os TF33 atuais, o que levou ao desenho de novas naceles, fabricadas pela Spirit AeroSystems. Segundo o engenheiro de aerodinâmica Mike Seltman, as naceles maiores estão mais próximas da asa. Isso, ele diz, “traz aspectos interessantes em termos de controlabilidade, por isso estamos fazendo o teste do túnel de vento: para garantir que temos tudo isso abordado.”
A USAF espera ter seus primeiros B-52 com novos motores até 2027, com vistas para obter a Capacidade Operacional Inicial em 2030. Além dos F130, os bombardeiros ainda receberão uma nova suíte de guerra eletrônica, radar AESA APG-79 (o mesmo do F/A-18 Super Hornet), modificações nos aviônicos e até na configuração de tripulantes. Com uma modernização tão extensa, os aviões terão um outro nome: B-52J ou B-52K.
Com informações de The Aviationist, The War Zone.
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