Um dos principais caças em operação no mundo logo terá sua produção encerrada. Em nota publicada nesta quinta-feira (23), a Boeing informou que o F/A-18 Super Hornet deixará de ser fabricado no final de 2025, quando a Marinha dos EUA receber seus últimos aviões.
“Estamos planejando nosso futuro, e a construção de aeronaves de caça está em nosso DNA”, disse Steve Nordlund, vice-presidente da Boeing Air Dominance e líder da unidade de St. Louis. “À medida que investimos e desenvolvemos a próxima era de capacidade, estamos aplicando a mesma inovação e experiência que fizeram do F/A-18 um burro de carga para a Marinha dos EUA e as forças aéreas em todo o mundo por quase 40 anos.”
Por outro lado, a Boeing diz que esse prazo pode se estender até 2027 caso o modelo naval seja adquirido por outro cliente internacional. Para manter a produção pelos próximos dois anos, a fabricante seguirá contratando funcionários para sua unidade em St. Louis, no Missouri, onde o modelo é fabricado. Mais de 900 pessoas foram contratadas na região no ano passado, diz a empresa.
Em operação desde o final dos anos 1990, o F/A-18E/F Super Hornet substituiu os lendários F-14 Tomcat e hoje é o carro chefe da aviação de caça naval norte-americana: são 416 aviões em operação na Marinha dos EUA, com mais 76 aeronaves encomendadas. O modelo também deu origem ao EA-18G Growler, um caça de ataque eletrônico que substituiu o EA-6B Prowler.
O caça já divide o pequeno espaço dos porta-aviões com os F-35C de quinta geração, mas futuramente darão lugar ao novo caça de 6ª Geração, ainda em desenvolvimento.
O jato é a evolução do F/A-18 Hornet, também chamado de Legacy Hornet, originalmente desenvolvido com base no protótipo YF-17 Cobra, da Northrop. A versão naval do projeto foi desenvolvida pela McDonnell Douglas, que mais tarde foi adquirida pela Boeing. Além dos EUA, Hornet e Super Hornet foram adquiridos pelos militares da Austrália, Kuwait, Canadá, Suíça, Espanha, Finlândia e Malásia.
Os F/A-18 que a Marinha está recebendo são da versão Block III, que incorpora melhorias nos aviônicos, sistemas de missão e guerra eletrônica e prolongamento da vida útil.
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