A Força Aérea da Suécia (SwAF) voltou a procurar por uma aeronave capaz de substituir seus cargueiros Lockheed C-130 Hércules. O país decidiu por cancelar a compra de C-130J Super Hércules usados da Força Aérea Italiana, um negócio que já estava dado como certo. O movimento pode ser uma grande chance para o Embraer KC-390.
Segundo o portal Breaking Defense, citando o relatório do Orçamento das Forças Armadas para 2024, a compra dos turboélices italianos “precisa ser revisada após a análise completa da cotação da indústria.” Em junho de 2022 o ex-comandante da Força Aérea Sueca, major-general Carl-Johan Edström, confirmou a compra de quatro C-130J para substituir os seis C-130H da SwAF, afirmando ainda que os dois primeiros aviões chegariam em 2023.
A negociação, no entanto, foi cancelada sob alegação de que os aviões não atenderiam os requisitos da Força Aérea. Dessa forma, o governo e a organização militar tomarão um “novo plano de ação”, que inclui novos orçamentos para um substituto.
Antes de optar pela negociação com os italianos, a SwAF cogitou modernizar seus C-130, o que estenderia a vida útil das aeronaves para meados de 2030. Os veteranos Hércules tem apresentado baixa disponibilidade, o que fez ser levantada a possibilidade de uma atualização, seguida da decisão por uma substituição completa.
Como observa o portal, os problemas não se limitam à frota de Hércules. No final de 2022 a Suécia decidiu aposentar seus helicópteros NH90 prematuramente, também por empecilhos com manutenção e disponibilidade. A frota de caças Saab Gripen também apresentado uma queda nas horas de voo, mas por conta da falta de pilotos.
E o Embraer KC-390?
A decisão de Estocolmo abre espaço para um importante concorrente, o Embraer KC-390 Millennium. No passado a Suécia chegou a demonstrar interesse no modelo, ainda em sua fase de projeto, como parte da disputa pelo contrato do Programa FX-2.
Com a vitória do Gripen em 2013 — hoje já em serviço com a Força Aérea Brasileira na Base Aérea de Anápolis — houve um forte estreitamento nas relações entre Brasil e Suécia. Saab e Embraer também se juntaram, especialmente para a fabricação do caça em território nacional, como parte do acordo de compensação (offset).
Este aprimoramento de relações favorece o jato brasileiro, desenvolvido justamente para suceder o Hércules. Outro fator importante é a aquisição do KC-390 por três países membros da OTAN (Portugal, Hungria e Holanda), dois dos quais substituirão seus C-130 Hércules pelo cargueiro tático multimissão da Embraer.
Como resposta à invasão da Rússia na Ucrânia, a Suécia assinou a carta de adesão à aliança militar liderada pelos EUA, e logo se tornará uma nação membro, ao lado da vizinha Finlândia.
Com informações de Breaking Defense
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